sábado, 19 de março de 2011

Obama não apoia Brasil no Conselho de Segurança

Em rápido pronunciamento ao lado da presidente Dilma Rousseff, o presidente Barack Obama declarou que os Estados Unidos vão se esforçar para promover uma reforma profunda das Nações Unidas, mas não apoiou explicitamente a reivindicação brasileira por um assento permanente no Conselho de Segurança, como fez em novembo na Índia.

A presidente Dilma falou que o conservadorismo impede a reforma das instituições multilaterais e na governança global. Ela vê um "futuro brilhante" nas relações entre os dois países se a "aliança estratégica" for construída com base na igualdade.

Dilma destacou aspectos comuns entre o Brasil e os EUA: "Somos multiétnicos. Temos o sentimento do mundo".

Ela observou ainda que as políticas adotadas pelos EUA para recuperar sua economia causam impacto sobre o dólar, afetando as economias de outros países.

Obama reconheceu o "extraordinário crescimento" econômico que faz do Brasil "um líder regional e cada vez mais um líder global" que trabalha por um mundo sem armas nucleares e para resolver o problema da mudança do clima.

"Os EUA reconhecem e apoiam o crescimento brasileiro", afirmou Obama. "Por isso, criamos o Grupo dos Vinte para os países em desenvolvimento terem voz."

Seu objetivo central é ampliar o comércio e os investimentos para fortalecer a recuperação da economia americana: "Mais tarde, vamos nos reunir com empresários dos dois países. Queremos também expandir a cooperação em ciência e tecnologia, e as empresas americanas podem participar de obras de infraestrutura" que o Brasil está fazendo para sediar grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.

Se o Brasil está se tornando um exportador de petróleo com a descoberta das jazidas na camada pré-sal, os EUA querem comprar, além de fazer parcerias para desenvolver energias limpas que permitam reduzir sua dependência do petróleo do problemático Oriente Médio.

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