quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Segunda vice-presidente do Senado assume Presidência da Bolívia

Mesmo sem quórum, a senadora da oposição Jeanine Áñez, vice-presidente do Senado assumiu ontem as presidências do Senado, da Assembleia Legislativa e interina da República da Bolívia, prometendo convocar nova eleição presidencial dentro de três meses para superar a crise que levou à renúncia do presidente Evo Morales depois de quase 14 anos no poder.

A Igreja Católica tenta mediar o conflito, assegura que não haverá perseguições políticas e dá garantias aos deputados e senadores do Movimento ao Socialismo (MaS) para que participem das sessões da Assembleia Legislativa Plurinacional, o parlamento boliviano.

O ex-presidente chegou hoje à Cidade do México com o ex-vice-presidente Álvaro García Linera num voo que se abasteceu no Paraguai depois que o Peru negou acesso e obteve autorização do Brasil e do Peru para passar por seus espaços aéreos. 

Como disse ontem à noite antes de sair da Bolívia, Morales prometeu voltar com mais força. Talvez consiga, especialmente por que o próximo governo dificilmente conseguirá manter a média de crescimento econômico, de quase 5 por cento sob Morales. Mas terá de esperar anos.

Em La Paz, a oposição a Morales tentou reunir a Assembleia Legislativa para aceitar oficialmente a renúncia do presidente e indicar um sucessor. Não houve quórum porque deputados e senadores do Movimento ao Socialismo não apareceram. Os partidários de Morales disseram que pretendiam comparecer, mas não tinham condições de segurança.

O centro de La Paz está tomado por apoiadores de Morales e também da oposição, especialmente do grupo mais extremista, liderado por Luis Fernando Macho Camacho, presidente do Comitê Cívico pró Santa Cruz. Os dois grupos se enfrentaram durante o dia.Meu comentário: 

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