terça-feira, 5 de novembro de 2019

Irã inaugura centrífugas no aniversário da tomada da embaixada dos EUA

A República Islâmica do Irã acionou ontem uma cadeia de 30 centrífugas avançadas capazes de enriquecer urânio numa velocidade dez vezes maior do que antes, anunciou o chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Akbar Salehi.

É mais um desafio iraniano ao acordo assinado em 2015 com todas as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações (Estados Unidos, China, França, Reino Unido e Rússia) e mais a Alemanha para congelar a parte militar do programa nuclear do Irã por dez anos.

O presidente Donald Trump abandonou o acordo em 8 de maio de 2018 e declarou uma guerra econômica tentando sufocar a economia iraniana e impedir o país de exportar petróleo. As exportações de petróleo iranianas caíram de 3 milhões para 600 mil barris por dia. A moeda iraniana, o rial, perdeu metade do valor. 

Para pressionar os outros países a aliviar de alguma forma a pressão sobre a economia do Irã, o regime fundamentalista iraniano voltou a enriquecer urânio além dos limites previstos no acordo. 

Desde maio, a Guarda Revolucionária atacou pelo menos seis navios no Golfo Pérsico, uma milícia do Iêmen financiada pelo Irã assumiu a responsabilidade por um ataque contra instalações de petróleo da Arábia Saudita. O objetivo é romper o cerco da guerra econômica de Trump.

O novo desafio é lançado em 4 de novembro, quando faz 40 anos da ocupação da embaixada dos Estados Unidos em Teerã por guardas revolucionários, que tomaram 52 americanos como reféns por 444 dias. 

O então presidente americano, Jimmy Carter, autorizou uma operação de resgate. A Operação Garra de Águia fracassou com areia do deserto entrando em helicópteros dos Estados Unidos e a morte de oito soldados americanos e um civil iraniano. 

A crise dos reféns no Irã foi um fator importante para a derrota de Carter para Ronald Reagan, em novembro de 1980. Eles foram libertados minutos depois da posse de Reagan. Meu comentário:

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