A moeda chinesa, o yuan, caiu hoje à menor cotação em seis meses, 6,9358 por dólar, depois que o presidente do banco central da China indicou não haver limites para a baixa, noticiou o jornal inglês Financial Times.
Os economistas e investidores acreditavam que o limite tolerado pelas autoridades econômicas chinesas seria de 7 yuans por dólar. "Não penso que esta seja uma questão importante", declarou na sexta-feira o presidente do Banco Popular da China, Yi Gang.
Em consequência, o yuan caiu 0,4% hoje, depois de uma baixa de 2,9% em maio, alimentando a especulação de que possa se desvalorizar ainda mais. Yi vê um "tremendo" espaço para reduzir a taxa básica de juros e reduzir o volume de reservas que os bancos são obrigados a manter no banco central.
Os analistas esperam que um possível encontro entre o presidente Donald Trump e o ditador Xi Jinping durante a reunião do Grupo dos 20 em Osaka, no Japão, em 28 e 29 de junho, possa encaminhar uma solução para a guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Uma moeda desvalorizada reduz o preço e aumenta a competitividade das exportações da China, mas pode aumentar a tensão com os EUA. Em relatório recente do Departamento do Tesouro, o governo Trump evitou acusar a China de manipular o câmbio, mas deixou a moeda chinesa em observação numa lista de 21 países que têm saldos comerciais com os EUA superiores a US$ 40 bilhões por ano.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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