O Irã tentou comprar ilegalmente tecnologia de mísseis para transportar armas de destruição em massa, revelou o serviço secreto da Alemanha no estado de Mecklenburgo-Pomerânia Ocidental, noticiou o jornal The Jerusalem Post.
"A luta contra a proliferação ilegal de armas de destruição em massa nucleares, químicas e biológicas e dos materiais necessários para sua fabricação, bem como dos sistemas de transporte, inclusive do conhecimento necessário, em cooperação com outras autoridades, também é de responsabilidade da contrainteligência", diz o relatório de inteligência, de 206 páginas.
O serviço secreto alemão cita Coreia do Norte, Irã, Paquistão e Síria: "De várias maneiras, os serviços de inteligência desses países estão envolvidos em atividades de compra ilícita no campo da proliferação usando estruturas comerciais e empresas conspiradoras globais."
Dias antes, o serviço secreto do estado alemão da Baviera reportou atividades ilícitas do Irã. De acordo com este relatório, de 335 páginas, o regime fundamentalista iraniano "está fazendo esforços para expandir seu arsenal com armas de destruição em massa", o que o torno um "país de risco", uma séria ameaça à segurança e à democracia da Baviera.
Em 2015, o Irã assinou um acordo com as cinco grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha para congelar seu programa nuclear por dez anos.
O presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos em maio do ano passado depois de dizer que o acordo era totalmente inaceitável por não impedir o Irã de desenvolver tecnologia de mísseis nem de interferir politicamente em outros países do Oriente Médio. Um ano depois, o governo iraniano anunciou que pararia de cumprir parte do acordo e voltaria a enriquecer urânio.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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