Sob pressão de uma onda de manifestações populares, a governadora Carrie Lam suspendeu hoje a tramitação de um projeto de lei que autorizaria a extradição para a China de pessoas detidas no território. A governadora declarou que a proposta não havia sido apresentada de maneira "adequada".
Mais de um milhão de pessoas marcharam pelas ruas de Hong Kong e enfrentaram a polícia em 9 de junho para repudiar a lei, que acabaria com a independência judiciária do território, que tem o status de uma região administrativa especial.
Horas depois do anúncio de hoje, já no domingo pela hora local centenas de milhares de chineses de Hong Kong festejaram a vitória e marcharam pelas ruas da cidade em protesto contra a interferência cada vez maior de Beijim nos assuntos do território. Os cartazes diziam "Não à extradição para a China" e exigiam a renúncia da governadora aliada ao regime comunista.
Quando negociou a devolução da colônia tomada pelo Império Britânico nas Guerras do Ópio, no século 19, o regime comunista chinês prometeu manter o sistema capitalista e as liberdades democráticas em Hong Kong durante 50 anos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário