O presidente Donald Trump anunciou hoje que terá um longo encontro com o ditador Xi Jinping durante a reunião de cúpula do Grupo dos Vinte (G-20) em Osaka, no Japão, nos dias 28 e 29 de junho, para tentar negociar o fim da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
"Tive uma conversa telefônica muito boa com o presidente da China", escreveu Trump no Twitter. "Teremos um longo encontro na próxima semana no G-20 no Japão. Nossas equipes vão iniciar as negociações antes do encontro."
Em maio, Trump aumentou para 25% a tarifa de importação sobre produtos chineses importados pelos EUA no valor de US$ 200 bilhões anuais. A China retaliou impondo tarifas de 25% sobre produtos americanos importados no valor anual de US$ 60 bilhões.
Para pressionar a China, o Tesouro dos EUA iniciou consultas para aumentar para 25% as tarifas sobre outros produtos chineses importados no valor anual de US$ 300 bilhões, o que cobriria todas as exportações para China para os EUA.
Xi confirmou o encontro em entrevista à televisão estatal chinesa: "Como as duas maiores economias do mundo, a China e os EUA devem desempenhar um papel principal na promoção de resultados positivos na Cúpula de Osaka do G-20 e injetar confiança e vitalidade ao mercado global. (...) Gostaria de trocar visões sobre questões fundamentais relacionados ao desenvolvimento das relações EUA-China."
Antes, na quinta e na sexta-feira desta semana, Xi vai a Pyongyang. Será sua primeira visita à Coreia do Norte, num sinal de prestígio ao ditador Kim Jong Un. As negociações para desnuclearizar a Península Coreana estão estagnadas desde o fracasso do encontro de cúpula entre Kim e Trump em 27 e 28 de fevereiro, em Hanói no Vietnã.
As bolsas de valores subiram com a expectativa de uma trégua no conflito comercial entre EUA e China. Mas a médio prazo o risco é de uma nova escalada com a imposição de mais tarifas por Trump.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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