O ex-ministro da Economia e candidato independente Emmanuel Macron ficou em primeiro lugar na pesquisa de boca de urna divulgada há pouco pela televisão francesa France2 e venceu o primeiro turno da eleição presidencial. Ele recebeu 23,9% dos votos, à frente da neofascista Marine Le Pen, da Frente Nacional, com 21,5%.
Em terceiro lugar, ficou o ex-primeiro-conservador François Fillon com 19,7% pouco à frente do candidato da ultraesquerda, Jean-Luc Mélenchon, com 19,2%.
Pela primeira vez desde que o general Charles de Gaulle fundou a 5ª República Francesa, em 1958, nenhum dos grandes partidos vai para o segundo turno. Mas isso se deve principalmente ao escândalo que envolveu Fillon, que empregou mulher e filhos como funcionários-fantasmas do Senado.
O candidato gaulista era o favorito e se negou a abandonar a campanha, abrindo espaço para a migração dos votos mais centristas para Macron. Em pronunciamento minutos atrás, Fillon reconheceu a derrota, declarou ser necessária uma união contra a extrema direita no segundo turno e anunciou o voto em Macron.
Marine Le Pen afirmou que "é hora de uma grande alternância libertar o povo francês das elites arrogantes. Eu sou a candidata do povo." Com 6,9 milhões de votos, ela bateu um novo recorde para a extrema direita francesa.
Todas as pesquisas dão a vitória a Macron no segundo turno, a ser disputado em 7 de maio de 2017. Numa sondagem divulgada pelo jornal Le Monde depois da divulgação do resultado do primeiro turno neste domingo, o candidato independente tem 62% das preferências contra 38% para a ultradireitista Le Pen.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário