A aprovação de emenda constitucional autorizando a reeleição em sessão secreta do Senado provocou uma revolta popular. Em 31 de março de 2017, os manifestantes invadiram a sede do parlamento e tocaram fogo em gabinetes de deputados e senadores.
Diante da revolta, a Câmara adiou a votação do projeto. A expectativa era que fosse arquivado. O anúncio de Cartes tentar desarmar os espíritos. Mas a oposição certamente não confia nas promessas de um presidente do Partido Colorado, que comandou o Paraguai quase ininterruptamente desde 1947.
Outro beneficiário de uma reforma constitucional que autorize a reeleição presidencial seria o padre Fernando Lugo, que governou o país de 2008 a 2012 e foi afastado num processo de impeachment relâmpago em menos de 48 horas, sem pleno direito de defesa, como em qualquer democracia.
No momento, Lugo lidera as pesquisas. Com a máquina pública trabalhando a seu favor, Cartes talvez seja o único candidato capaz de vencer o padre.
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