Uma explosão atingiu hoje o metrô de São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia, matando pelo menos 11 pessoas e ferindo outras 50. O primeiro-ministro Dimitri Medvedev descreveu o caso como uma ação terrorista, noticia a televisão pública britânica BBC.
A bomba estava escondida numa mala de mão. Explodiu às 14h40 pela hora local (8h40 em Brasília). A polícia emitiu mandados de busca de dois suspeitos. Outra bomba teria sido encontrada em outra estação. Os dois artefatos seriam rudimentares. Todo o metrô de São Petersburgo está fechado.
Os principais suspeitos são extremistas muçulmanos ligados ao Estado Islâmico do Iraque e Levante ou a rebeldes da região da Chechênia, uma república de maioria muçulmana da Federação Russa.
Quando a Rússia entrou na guerra civil da Síria em 30 de setembro de 2015 para apoiar a ditadura do aliado Bachar Assad, o presidente Vladimir Putin alegou estar combatendo o Estado Islâmico. Um mês depois, um avião da companhia russa Metrojet foi derrubado no Deserto do Sinai quando fazia a rota entre o balneário de Charm al-Cheikh, no Egito, e São Petersburgo. Todas as 224 pessoas a bordo, na maioria turistas russos, morreram.
Como o Estado Islâmico atrai jihadistas do mundo inteiro, há chechenos na organização terrorista. O mais notório foi Abu Omar al-Chichani (Omar, o Checheno), nascido na então república soviética da Geórgia. Era um dos comandantes militares do Estado Islâmico na Síria até ser morto por um bombardeio dos Estados Unidos em 10 de julho de 2016.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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