quinta-feira, 15 de junho de 2017

Carro-bomba mata 10 pessoas na capital da Somália

Pelo menos dez pessoas morreram e 15 saíram feridas de um atentado terrorista suicida na madrugada de hoje pela hora local em Mogadíscio, a capital da Somália, noticiou a agência espanhola EFE. O ataque é atribuído à milícia extremista muçulmana Al Chababe (A Juventude), que há cinco anos declarou lealdade à rede terrorista Al Caeda.

Era pouco depois da meia-noite quando o terrorista jogou um carro carregado de explosivos contra um restaurante cheio de pessoas que quebravam o jejum que os muçulmanos são obrigados a respeitar durante o dia no mês sagrado do Ramadã.

Foi o primeiro ataque a civis em Mogadíscio desde o início do Ramadã, em 27 de maio. Em seguida, os terroristas sequestraram pessoas.

Dezenas de pessoas foram mortas nos últimos meses em ataques contra hotéis e restaurantes da capital somaliana. Um ataque anterior a um restaurante, em 8 de maio, matara sete pessoas.

Outros alvos frequentes são os soldados da Missão da União Africana na Somália e do governo provisório que ela sustenta. Na semana passada, Al Chababe alegou ter matado 61 soldados num posto militar da região semiautônoma da Puntlândia, no Nordeste da Somália.

Em abril, o governo provisório somaliano reconhecido internacionalmente declarou "estado de guerra" e prometeu acabar com Al Chababe, que controla grandes regiões do Centro-Sul do país, situado na região do Chifre da África, no Nordeste do continente. Como parte do plano, o governo ofereceu anistia aos milicianos que estiverem prontos a se render e entregar as armas.

Desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, no fim da Guerra Fria, em 1991, a Somália vive em estado de anarquia, sem um governo que controle a maior parte do território. As regiões da Somalilândia e da Puntândia são praticamente independentes.

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