quinta-feira, 27 de abril de 2017

Jornalistas denunciam censura da Frente Nacional

As associações de jornalistas de 29 meios de comunicação da França, inclusive o jornal Le Monde, protestaram hoje contra a decisão da neonazista Frente Nacional de "escolher as mídias autorizadas a seguir Marine Le Pen", candidata da ultradireita à Presidência da República.

Depois de vários casos em que jornalistas foram impedidos de cobrir eventos da campanha de Marine, os jornalistas divulgaram a seguinte nota:

"Por ocasião da campanha para o segundo turno da eleição presidencial, a Frente Nacional decidiu escolher os meios de comunicação autorizados a seguir Marine Le Pen. Várias publicações viram assim seus representantes ser privado de toda informação e de toda possibilidade de seguir a candidata da Frente Nacional no terreno.

"Assim, depois da Mediapart e do Quotidien (e antes dele, de seu predecessor Le Petit Journal), a Agência France Presse (AFP), a Rádio France, a Rádio France International, France 24, Le Monde, Libération e Marianne foram em algum momento vítimas dessas exclusões. Não se trata portanto de um recurso à prática do pool de jornalistas, quando informações e imagens são compartilhadas.

"Protestamos da maneira mais firme contra este entrave à liberdade de fazer nosso trabalho e cumprir nosso dever de informar. Não cabe a uma formação política, qualquer que seja, de dedicir que meios de comunicação estão habilitados a exercer seu papel democrático na nossa sociedade", concluíram os jornalistas.

O segundo turno da eleição presidencial na França, marcado para 7 de maio, é um duelo entre o liberalismo de Emmanuel Macron e o antiliberalismo neofascista da FN.

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