QUINTA SINFONIA
Em 1808, a 5ª Sinfonia do alemão Ludwig van Beethoven, talvez o maior compositor de todos os tempos, faz sua estreia em Viena, na Áustria, numa noite muito fria, sem aquecimento, para uma plateia pequena, o que atrasa o reconhecimento da grandeza da obra.
É a sinfonia mais popular da história, mas sua magnitude não é reconhecida no primeiro momento. O concerto dura quatro horas sob frio intenso e a 5ª sinfonia começa mais de duas depois do início.Beethoven é ao mesmo tempo maestro e pianista. A orquestra toca mal. Ele interrompe e recomeça.
Também estreiam naquela noite o Concerto para Piano nº 4 e a 6ª Sinfonia (Pastoral) de Beethoven, mas dentro de pouco tempo é a 5ª Sinfonia que recebe aclamação.
Em 1810, um crítico importante elogia Beethoven por superar Wolfgang Amadeus Mozart e Joseph Haydn com uma música que "abre o reino do colossal e incomensurável... evoca terror, medo e dor, e desperta um anseio que é a essência do romantismo."
DOSTOIÉVSKI SALVO DE FUZILAMENTO
Em 1849, o escritor russo Fiódor Dostoiévski é levado a um pelotão fuzilamento e preparado para execução depois de ter sido condenado em 16 de novembro por atividades antigovernamentais. Na última hora, é poupado e enviado para o exílio interno num campo de trabalhos forçados na Sibéria.
Dostoiévski nasce em 11 de novembro de 1821 em Moscou. O pai é médico do Hospital dos Pobres, em Moscou, onde enriquece e compra terras e servos.
Com a morte do pai, Dostoiévski, que sofre de epilepsia, estuda engenharia militar e se torna funcionário público enquanto escreve secretamente seus livros. Lança os primeiros, Povo Pobre e O Duplo em 1846. O primeiro é um sucesso; o segundo fracassa.
É libertado em 1854 e serve como soldado na fronteira com a Mongólia. De volta à Rússia europeia, em 1859, funda uma revista no ano seguinte e mais tarde viaja pela Europa. Em 1866, publica Crime e Castigo, sua obra mais popular.
Em 1867, casa com uma estenógrafa. O casal foge da Rússia para escapar dos credores. Com o sucesso de O Possesso, o casal volta a São Petersburgo. Em 1879, publica sua obra-prima, Os Irmãos Karamazov, um sucesso imediato. Morre 9 de fevereiro de 1881.
CASO DREYFUS
Em 1894, uma corte marcial da França condena o capitão judeu Alfred Dreyfus à prisão perpétua sob a acusação de espionagem, de passar segredos militares para a Alemanha, num julgamento cheio de vícios processuais.
Quatro meses depois, o capitão de artilharia começa a cumprir pena na prisão da Ilha do Diabo, na Guiana Francesa. O caso revela o antissemitismo da França.
Quando surgem indícios de que o verdadeiro espião é o major Ferdinand Esterhazy, o Exército tenta esconder as provas, mas Esterhazy é levado à corte marcial e absolvido em uma hora num julgamento em janeiro de 1898.
Indignado, o escritor Émile Zola publica uma carta aberta chamada Eu Acuso no jornal Aurora, acusando os juízes, o Exército e o presidente da França. O jornal vende 200 mil exemplares num dia.
Zola é condenado por calúnia, mas consegue fugir para a Inglaterra. O escândalo divide a França. Enquanto nacionalistas e a Igreja Católica apoiam o Exército, enquanto republicanos, socialistas e defensores da liberdade religiosa defendem Dreyfus.
Em 1898, o major Hubert Henry admite ter forjado provas contra Dreyfus e comete suicídio. Pouco depois, Esterhazy foge do país
Dreyfus é levado a novo julgamento em 1899 e condenado a 10 anos de prisão em outro processo forjado. Um novo governo francês o perdoa. Em 1906, o Tribunal Superior de Recursos anula a sentença.
O Caso Dreyfus provoca grande liberalização na França, reduz o poder dos militares e leva à separação formal entre Igreja e Estado.
QUEDA DE CEAUSESCU
Em 1989, o Exército da Romênia adere à revolta anticomunista e derruba o ditador Nicolae Ceausescu, no poder há 42 anos. É o último dos países-satélites da União Soviética a se livrar do comunismo na Europa Oriental, depois de Polônia, Hungria, Alemanha Oriental, Tcheco-Eslováquia e Bulgária.
A derrocada do Gênio dos Cárpatos começa três dias antes, quando as forças de segurança romenas abrem fogo contra uma manifestação de romenos de origem húngara em Timisoara. Morre uma pessoa, mas um repórter da agência de notícias alemã-oriental anuncia a morte de milhares.
Ceausescu tenta se defender com um discurso em Bucareste, mas é vaiado pela multidão. Ele e a mulher, Elena, fogem de helicóptero. São presos, condenados por assassinato em massa num julgamento sumário por um tribunal militar e executados no dia de Natal por um pelotão de fuzilamento.
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