quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Irã admite pela primeira vez participação direta na guerra

A Guarda Revolucionária Iraniana, base militar da ditadura dos aiatolás, declarou que o ataque terrorista de 7 de outubro foi uma resposta à morte, em 2020 do comandante das Brigadas al-Quods, o braço armado da guarda para ações no exterior. O grupo terrorista Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) rejeitou a alegação iraniana.

É a primeira vez que o Irã admite participação direta na guerra. Todas as milícias que atacam Israel e os EUA são apoiadas pelo Irã. E a morte do comandante da Guarda Revolucionária na Síria aumenta o risco de guerra total entre Israel e a milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus), um braço armado do Irã.


O general Benny Gantz, ex-vice-primeiro-ministro e ex-comandante das Forças Armadas de Israel, ameaça dar uma resposta mais forte aos ataques do Hesbolá ao Norte de Israel, que foram pelo menos 18 nessa quarta-feira, de acordo com fontes militares israelenses. 

As forças de Israel atacaram mais 200 alvos em 24 horas e intensificaram as ações na Batalha de Khan Yunes, onde Israel acredita que estejam escondidos os principais líderes do na Faixa de Gaza. O Ministério da Saúde do Saúde anunciou que mais 195 palestinos foram mortos em Gaza em 24 horas, elevando o total de mortes no território para 21.320. 

Pelo menos 158 militares israelenses morreram até agora na invasão terrestre de Gaza, 498 desde o início da guerra. Com 82 dias de guerras, o e milícias aliadas ainda lançam foguetes contra o território israelense, num sinal de que não perderam a capacidade ofensiva. Desde 7 de outubro, cerca de 12 mil foguetes foram disparados de Gaza contra Israel. 

Os EUA interceptaram no Mar Vermelho 12 drones, três mísseis balísticos antinavio e 2 mísseis de cruzeiro disparados pelos rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã na guerra civil do Iêmen, que intensificaram os ataques depois que um bombardeio israelense matou, na Síria, o oficial de ligação da Guarda Revolucionária Iraniana com a ditadura de Bachar Assad. 

O Irã, a principal força oculta por trás desta guerra, triplicou no mês passado o enriquecimento de urânio com teor de 60% de urânio-235. Está perto dos 90% necessário para fazer armas nucleares.

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