domingo, 24 de dezembro de 2023

Hoje na História do Mundo: 24 de Dezembro

TRATADO DE GHENT

    Em 1814, os Estados Unidos e o Reino Unido assinam o Tratado de Ghent, na Bélgica, pondo fim à Guerra de 1812, uma tentativa do Império Britânico de recolonizar os EUA que reafirma a independência do país.

Quando Napoleão Bonaparte decreta o Bloqueio Continental a países que negociam com o Reino Unido, os EUA ignoram e continuam comerciando com os dois. Seguem a orientação do Discurso de Despedida do primeiro presidente norte-americano, George Washington.

A França modera sua atuação a partir de 1810. Quando o Reino Unido começa a instigar indígenas do Canadá na fronteira, o Congresso dos EUA declara guerra. As colônias britânicas Canadá Superior, Canadá Inferior, Nova Escócia e Terra Nova, que formariam o Canadá, lutam pelo Reino Unido.

Os britânicos chegam a tomar Washington e incendeiam a Casa Branca. O Hino dos EUA é um poema musicado que descreve a noite em que a sede do governo ardeu em fogo, mas ao amanhecer a bandeira salpicada de estrelas continua lá.

COMANDANTE EISENHOWER

Em 1943, o general Dwight Eisenhower é nomeado comandante militar supremo das forças dos aliados ocidentais na Segunda Guerra Mundial.

Terceiro de uma família com sete filhos, Dwight David Eisenhower nasce em Denison, no Texas, em 14 de outubro de 1890. Ike estuda na Academia Militar de West Point e se forma na turma de 1915, que produz 59, com um desempenho acadêmico nada invejável. Entre os 164 formandos, é o 61º nos estudos acadêmica e 125º em disciplina.

Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-18), Ike comanda um centro de treinamento de tanques. É promovido a capitão. Está para ser mandado para a guerra na Europa quando a guerra acaba.

De 1922 a 1924, Ike serve na Zona do Canal do Panamá. Promovido a major, tira o primeiro numa turma de 275 em 1926. Dois anos mais tarde, se forma na Escola de Guerra do Exército. Então, serve na França, onde escreve um guia sobre campos de batalha da Primeira Guerra Mundial.

Em 1933, Eisenhower se torna assessor do comandante do Exército, general Douglas MacArthur. Dpois depois, vai com MacArthur para as Filipinas, onde ajuda a reorganizar as Forças Armadas da então colônia dos EUA.

Ike volta aos Estados Unidos pouco depois da invasão da Polônia pela Alemanha Nazista, em 1º de setembro de 1939, que marca o início da Segunda Guerra Mundial (1939-45). Em março de 1941, é promovido a coronel. Três meses depois, vira chefe de pessoal do Terceiro Exército e chama a atenção do comandante do Exército, general George Marshall ao planejar jogos de guerra com 500 mil soldados.

Quando os EUA entram na Segunda Guerra Mundial, depois do ataque japonês à Frota do Pacífico, estacionada em Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941, Marshall nomeia Eisenhower para a divisão de planos de guerra que prepara a invasão aliada à Europa. 

Em março de 1942, é promovido a general de exército. Em junho, Marshall o nomeia comandante militar dos EUA na Europa. Além de profundo conhecer de estratégias militares e capacidade de organizados, tem grande talento para a persuasão e se destaca por ser humilde, amigável e um otimista persistente.

Eisenhower comanda a Operação Tocha, a invasão aliada da África Equatorial Francesa, em julho de 1942. A primeira ofensiva dos aliados na guerra começa em 8 de novembro de 1942 e vai até maio de 1943. Ele lidera a invasão da Sicília e do território continental da Itália, o que leva à queda do regime fascista em Roma em 4 de junho de 1944.

Como comandante militar aliado, ele lidera a maior operação de assalto anfíbio da história, a Invasão da Normandia no Dia D, 6 de junho de 1944, com 156 mil soldados. Em 25 de agosto daquele ano, os aliados libertam Paris. No inverno, os aliados derrotam a última ofensiva alemã na frente ocidental na Batalha de Ardenas e cruzam o Rio Reno para invadir a Alemana em 7 de março de 1945. A guerra na Europa termina em 8 de maio, quando o Exército Vermelho da União Soviética toma Berlim.

Em maio de 1948, ele deixa o Exército como o mais popular e prestigiado soldado dos EUA. Dois anos depois, o presidente Harry Truman o convence a assumir o comando militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Durante um ano e três meses, ele organiza a aliança militar criada para conter o expansionismo soviético na Europa.

Desde 1943, é citado como possível candidato à Casa Branca. Em junho de 1952, deixa o Exército após 37 anos e é eleito presidente dos EUA pelo Partido Republicano com uma ampla vitória em plena Guerra Fria, durante o macartismo, quando o senador Joseph McCarthy denuncia infiltração comunista na máquina do Estado, em Hollywood e até no Exército. O Partido Republicano conquista maioria na Câmara e no Senado, mas perde dois anos depois e fica sem maioria na Câmara por 40 anos.

Com a morte do ditador soviético Josef Stalin, em 5 de março de 1953, Eisenhower consegue negociar um armistício na Guerra da Coreia (1950-53) a partir de 27 de julho daquele ano. Em dezembro, Ike faz o discurso Átomos para a Paz, que leva à criação da Agência Internacional de Energia Atômica, em 1957. Ao mesmo tempo, adota a doutrina de retaliação maciça em caso de um ataque nuclear da URSS.

A campanha à reeleição em 1956 é perturbada pela Guerra de Suez, quando o ditador egípcio Gamal Abdel Nasser nacionaliza o Canal de Suez e é atacado por Israel, França e Reino Unido, na mesma época da invasão soviética à Hungria para esmagar uma tentativa de liberalização do regime comunista.

Em 4 de outubro de 1957, a URSS lança o primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik, sai na frente na corrida espacial e assusta os EUA com a perspectiva de poder lançar uma bomba atômica em território norte-americano. Isto leva à criação da NASA (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço).

Para melhorar as relações com a URSS, Eisenhower convida o primeiro-ministro Nikita Kruschev para visitar os EUA em setembro de 1959, mas o abate de um avião-espião U-2 em território soviético, em 1º de maio de 1960, num dos momentos de alta tensão na Guerra Fria.

No fim do governo, em janeiro de 1961, os EUA rompem relações diplomáticas com Cuba dois anos depois da vitória da revolução liderada por Fidel Castro. Em seu discurso de despedida, Ike adverte para o poderio crescente do "complexo industrial-militar", a influência no governo da indústria do setor de defesa.

INVASÃO DO AFEGANISTÃO

    Em 1979, pouco antes da meia-noite, uma ponte aérea com 280 aviões de transporte militar da União Soviética desembarca em Cabul três divisões, cada uma com cerca de 8,5 mil homens, que três dias depois depõem o líder do regime comunista afegão, com pouca resistência, e instalam no poder Babrak Karmal, da ala pró-Moscou do Partido Popular Democrático do Afeganistão.

Mas dominar Cabul não significa controlar o Afeganistão, um país tribal e montanhoso, com um relevo que favorece a ação guerrilheira.

A invasão soviética acaba com o período da détente entre as superpotências, um degelo na Guerra Fria que começa em 1972 com as visitas do presidente norte-americano Richard Nixon à URSS e à China, e a retirada dos EUA do Vietnã. Começa a Segunda Guerra Fria, que vai até a ascensão do reformista Mikhail Gorbachev à liderança do Partido Comunista da URSS, em 11 de março de 1985.

O presidente Jimmy Carter e países aliados dos EUA boicotam a Olimpíada de Moscou, em 1980. A URSS retribui boicotando a Olimpíada de Los Angeles, em 1984.

Logo se forma uma aliança entre os Estados Unidos, que fornece as armas; a Arábia Saudita, que entra com homens e petrodólares; o Paquistão, por onde passam o dinheiro e as armas; e a China, que dá apoio politico. O objetivo é fazer do Afeganistão do Vietnã da URSS.

Cerca de 2,8 milhões de afegãos fogem para o Paquistão, onde os homens são doutrinados nas madrassás, as escolas religiosas que só ensinam o Corão, livro sagrado do islamismo. Outro 1,5 milhão se refugia no Irã.

A introdução de mísseis antiaéreos norte-americanos portáteis sustentados no ombro vira o jogo e acaba com a superioridade aérea soviética. A retirada soviética começa em 1988 e termina em 1989.

Os chamados árabes afegãos, mujahedin que lutaram contra a URSS, criam em 1988 a rede terrorista Al Caeda sob a liderança de Ossama ben Laden e Ayman al-Zawahiri. O terrorismo muçulmano é um detrito da Guerra Fria.

Com a retirada soviética, diferentes grupos islamistas disputam o poder até que a milícia fundamentalista sunita dos Talebã (Estudantes) se impõe, em 1996, com o apoio do Paquistão. 

Depois de ataques às embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, em agosto de 1998, o presidente Bill Clinton manda bombardear bases d'al Caeda no Afeganistão. A resposta feroz vem nos atentados de 11 de setembro de 2001.

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