MORTE DE RASPUTIN
Em 1916, russos conservadores assassinam o mago Grigori Rasputin, a eminência parda do último czar da Rússia, envenenado, baleado e afogado para acabar com sua influência sobre a czarina Alexandra e a família real.
Grigori Novikh nasce em 22 de janeiro de 1869 em Prokovskoye, na Sibéria. Apesar de estudar, permanece analfabeto. Aos 18 anos, ele vai para um mosteiro em Verkhoture, onde entra para a seita dos flagelantes. Perverte a seita para dizer que o homem está mais perto de Deus com a ausência de paixões, o que se atinge depois de uma exaustão sexual por uma prolongada devassidão.
A reputação de libertino lhe dá o sobrenome Rasputin. Depois de viajar à Grécia e a Jerusalém, ele vai para em 1903 para São Petersburgo, então capital da Rússia. Em novembro de 1905, é apresentado à família real. No fim de 1906, passa a ser curandeiro do príncipe-herdeiro, Alexei Nicolaievich, que é hemofílico.
Em 1908, durante uma hemorragia do principezinho, Rasputin consegue reduzir seu sofrimento, provavelmente com hipnose, e convence o casal real de que o destino de Alexei e da Dinastia Romanov depende dele e se torna o principal conselheiro da monarquia russa.
Enquanto banca o santo na corte, sua fama de libertino e devasso se espalha. O czar Nicolau II se nega a acreditar e desterra seus críticos para regiões distantes do Império Russo. Em 1911, o primeiro-ministro envia um relatório ao czar, que afasta Rasputin, mas ele volta meses depois porque Nicolau II não desagradar à mulher nem colocar em risco a vida do filho.
O poder de Rasputin chega ao auge durante a Primeira Guerra Mundial (1914-18). Em setembro de 1915, o czar assume o comando das Forças Armadas, vai para a frente de combate e deixa a czarina no governo das questões internas da Rússia, com o mago libertino como principal assessor.
Depois de sobreviver a várias tentativa de assassinato, Rasputin cai uma emboscada dos conservadores, entre eles o príncipe Felix Yussupov, marido da sobrinha do czar, o deputado Vladimir Purishkevich e o grão-duque Dimitri Pavlovich, primo do czar, na noite de 29 para 30 de novembro.
Rasputin é envenenado com vinho e bolos, é baleado por Yussupov, mas consegue sair correndo. Então, é amarrado e jogado num buraco aberto no gelo sobre o Rio Neva, onde morre afogado. Esta versão é refutada pela autópsia, que conclui que morreu baleado.
NASCE A UNIÃO SOVIÉTICA
Em 1922, com o fim da guerra civil que se seguiu à Revolução Comunista, a Rússia, a Ucrânia, a Bielorrússia e a Federação Transcaucasiana (dividida em 1936 em Geórgia, Armênia e Azerbaijão) formam a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
Com a derrota da Rússia na Primeira Guerra Mundial (1914-18), o império czarista cai na Revolução de Fevereiro de 1917 (março pelo calendário atual). Os comunistas tomam o poder na Revolução de Outubro (novembro pelo calendário atual), sob a liderança de Vladimir Illitch Ulianov (Lenin).Imediatamente, começa uma guerra civil. Quando vencem, os comunistas decidem fundar a URSS, que é decisiva na vitória sobre o Nazifascismo na Segunda Guerra Mundial (1939-45) e acaba em 31 de dezembro de 1991 com a dissolução da "pátria do comunismo".
EXECUÇÃO DE SADDAM HUSSEIN
Em 2006, o Iraque executa por crimes contra a humanidade o ex-ditador Saddam Hussein, depoto por uma invasão dos Estados Unidos três anos e meio antes.
Saddam Hussein al-Tikrit nasce em 28 de abril de 1937 em Tikrit, no Norte de Iraque.
Em 1957, ele entra para o Partido Baath, que prega uma espécie de socialismo. Dois anos depois, os baathistas tentam assassinar o primeiro-ministro Abdel Karim Kassim. Ferido, Saddam foge para a Síria e de lá para o Egito. Estuda direito no Cairo e em Bagdá, depois que o Baath toma o poder em 1963.
O Partido Baath cai no mesmo. Saddam é preso e fica anos na cadeia. Ele foge e se torna um dos líderes do partido, que dá um golpe em 1968. Saddam assume o poder absoluto em 1979. Imediatamente, expurga e executa seus rivais, enforcados publicamente em Bagdá num sinal do que vem pela frente.
Com amplo apoio do mundo árabe, dos Estados Unidos e da União Soviética, o Iraque invade o Irã em 22 de setembro de 1980, mas não consegue derrubar a ditadura dos aiatolás, imposta pela Revolução Islâmica de 1979, uma guerra entre muçulmanos que deixa 1 milhão de mortes e termina sem vencedor depois de grande bombardeio a cidades e a petroleiros no Golfo Pérsico.
Fraco e envididado, Saddam intima as monarquias petroleiras do Oriente Médio. Invade e ocupa o Kuwait em 2 de agosto de 1990. Os EUA reagem para proteger a Arábia Saudita. À frente de uma coalizão de mais de 30 países, expulsa os iraquianos do Kuwait, mas deixa Saddam no poder.
O ditador massacra impunemente revoltas de curdos e árabes xiitas, incitados à rebelião pelo então presidente dos EUA. George Herbert Walker Bush. As Nações Unidas impõe um rigoroso regime de inspeções para impedir que Saddam desenvolva armas de destruição em massa.
Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA, cometidos por terroristas da rede Al Caeda, que nada tem a ver com o Iraque, o presidente George Walker Bush decide completar o serviço do pai.
Sob o falso pretexto de que Saddam desenvolve armas de destruição em massa, os EUA e aliados invadem o Iraque em 20 de março de 2003. Saddam cai em 9 de abril e vai para a clandestinidade. É capturado em 13 de dezembro de 2003, processado, condenado à morte e executado por enforcamento.
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