Pela primeira vez, uma conferência das Nações Unidas sobre o aquecimento global anunciou uma transição energética dos combustíveis fósseis para fontes renováveis.
A 28º Conferência das Partes da Convenção Quadro sobre Mudança do Clima (CoP-28), encerrada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, na semana passada também criou o Fundo de Perdas e Danos para indenizar países atingidos por catástrofes climáticas, prometeu triplicar a geração de energia por fontes renováveis até 2030 e reduzir as emissões de gases carbônicos na produção de alimentos.
Por outro lado, não houve o esperado anúncio do fim da era dos combustíveis fósseis, a linguagem a respeito é vaga, a quantia prometida para o Fundo de Perdas e Danos é irrisória diante dos trilhões de dólares para subsidiar combustíveis fósseis e não há qualquer sanção aos países que não cumprirem suas próprias metas voluntárias de redução de emissões.
A CoP-28, realizada no sétimo maior produtor e sexto maior exportador de petróleo, foi fortemente influenciada pela indústria petrolífera. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) exigiu que seus países-membros rejeitassem a proposta de "eliminação gradual" dos combustíveis fósseis (carvão, gás e petróleo), os grandes vilões do aquecimento global.
Com a maior floresta tropical do planeta, uma matriz energética bastante limpa e grande potencial para as energias solar e eólica, o Brasil tem tudo para ser uma grande potência ambiental. Mas o ingresso na OPEP+ e a provável exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas renderam o inglório prêmio de Fóssil do Dia em 4 de dezembro. Meu comentário:
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