sexta-feira, 5 de junho de 2020

Xi Jinping promete criar grande sistema de saúde na China para evitar epidemias

Em discurso na terça-feira, o ditador Xi Jinping prometeu construir um grande sistema de saúde pública na China para evitar crises como a pandemia da doença do coronavírus de 2019, noticiou o jornal South China Morning Post, de Hong Kong. 

A ideia é criar uma grande rede incluindo governos municipais e provinciais, agências de controle e prevenção de doenças, laboratórios, hospitais, clínicas comunitárias e escolas de saúde pública para identificar e coordenar respostas a surtos de novas doenças infecciosas. 

“A segurança da população é a pedra fundamental da segurança nacional... O sistema de prevenção de doenças é uma garantia importante para garantir a estabilidade econômica e social”, declarou Xi, citado pela imprensa oficial.

Em janeiro e fevereiro, a epidemia do coronavírus representou um grande desafio à ditadura de partido único e à liderança de Xi Jinping, observou Steve Tseng, diretor da Escola de Estudos Africanos e Orientais da Universidade de Londres (SOAS). O que reabilitou a ditadura de Xi diante do povo chinês foi a grande mortandade na Europa e nos EUA.

Nesta semana, uma reportagem investigativa da agência de notícias Associated Press confirmou que o regime comunista chinês tentou esconder informações sobre a epidemia em seu estágio inicial retardando um combate mais efetivo ao que se tornou uma pandemia que já matou mais de 398 mil pessoas no mundo inteiro.

Hoje o total de casos no mundo passou de 6,852 milhões, com mais de 3,352 milhões de pacientes curados. Os EUA têm o maior número de casos confirmados, mais de 1,965 milhão, e mais de 111 mil mortes. 

Nesta sexta-feira, o presidente Donald Trump citou o Brasil como mau exemplo no combate à pandemia do novo coronavírus. Disse que, se os Estados Unidos tivessem seguido o exemplo do Brasil, poderiam ter mais de 2 milhões mortos.

O Brasil registrou mais 1.005 mortes em 24 horas, elevando o total 35.037 óbitos. Com 30.830 casos novos num dia, o total de casos confirmados subiu para mais de 646 mil.

O novo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Wizard, quer recalcular o número de casos numa clara manobra para manipular a maquiar os números, excluindo casos em que os mortos tinham outras doenças.

Na realidade, a maioria dos cientistas acredita que haja uma subnotificação. O Brasil faz muitos poucos testes. É o vigésimo país em número de mortes por milhão de habitantes, mas o centésimo vigésimo nono do mundo em número de testes. 

Assim, haveria muitos mais casos e mortes do que aparecem nas estatísticas oficiais.

Na França, o presidente do Conselho Científico, Jean-François Delfraissy, declarou que a pandemia está sob controle, mas o número de pessoas sem máscara nas ruas e a proximidade em bares e cafés de Paris, que ainda é uma zona laranja, preocupam.

Um novo estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, com dados da mais de 11 mil pacientes internados em 175 hospitais do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido concluiu que “não houve efeito benéfico da hidroxicloroquina em pacientes hospitalizados com covid-19”.

A boa notícia da sexta-feira foi o relatório mensal de emprego dos EUA, que revelou um saldo positivo de 2,5 milhões de novas contratações a mais do que demissões, quando o mercado esperava a perda de até 7,5 milhões.

O índice de desemprego caiu de 14,7% para 13,3%, mas não leva em conta as pessoas que não estão procurando emprego. Meu comentário:

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