Durante o mês de janeiro, a China escondeu informações da Organização Mundial da Saúde sobre a epidemia do novo coronavírus, negando até a ocorrência de casos novos, que na época ainda não era considerada uma pandemia.
Mesmo assim, o diretor-geral da agência das Nações Unidas, o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, elogiava a ação do regime comunista chinês no combate à covid-19, revelou a agência de notícias Associated Press.
A China demorou mais de uma semana para entregar o mapa genético, o genoma do vírus, depois dele ter sido totalmente decodificado por três laboratórios chineses.
A China só avisou à Organização Mundial da Saúde da existência de numa nova doença que causa pneumonia aguda e morte em 31 de dezembro.
Um dia antes, o doutor Li Wenliang enviou mensagem a colegas advertindo para uma nova síndrome respiratória aguda grave. Ele havia visto sete casos.
Li foi preso e interrogado em 3 de janeiro, sob a acusação fazer comentários falsos e espalhar boatos. Uma semana depois, o médico começou a apresentar sintomas da doença e morreu em 7 de fevereiro.
Um mês antes, em 7 de janeiro, o governo chinês confirmara oficialmente que a nova síndrome respiratória aguda grave era causada por um novo coronavírus.
O regime comunista chinês só entregou o mapa genético do vírus depois que um virologista a publicou na Internet em 11 de janeiro. Levou pelo menos duas semanas para apresentar um relatório detalhado sobre os pacientes e o número de casos.
Só em 20 de janeiro, quando foi registrado o primeiro caso nos Estados Unidos, a China admitiu que o vírus é transmitido de pessoa para pessoa. O tempo perdido que permitiria iniciar o combate decisivo à covid-19 muito antes e salvar milhares de vidas.
Funcionários da Organização Mundial da Saúde manifestaram contrariedade em comunicações internas.
Em 30 de janeiro, havia 9 mil 976 casos registrados em 21 países. No dia seguinte, 31 de janeiro, a OMS declarou emergência de saúde pública internacional. Naquele dia, foram registrados os dois primeiros casos na Itália em dois turistas chineses que visitavam Roma.
Menos de duas semanas depois, o número de casos confirmados fora da China crescera 13 vezes para 118 mil em 114 países, com 4 mil 291 em 11 de março. Só aí a OMS declarou oficialmente que a doença do novo coronavírus havia se transformado numa epidemia em escala global, uma pandemia.
Hoje, já são mais de 6 milhões 567 mil casos confirmados no mundo inteiro, quase 388 mil mortes e 3 milhões 146 mil pacientes foram curados. Dos casos encerrados, 11 por cento terminaram em morte.
O Brasil registrou nesta quarta-feira um novo recorde de mortes num dia, mil 349, elevando o total de óbitos para 32 mil 568. Houve 28 mil 633 casos novos em 24 horas. O Brasil tem agora mais de 584 mil e 500 casos confirmados. Meu comentário:
Nenhum comentário:
Postar um comentário