Em mais uma manobra para encobrir a gravidade da epidemia do novo coronavírus no Brasil, o governo Jair Bolsonaro parou de totalizar os números de casos confirmados e de mortes. Com mais 904 mortes registradas neste sábado, o total chegou a 35.930. Outros 87 óbitos foram registrados após a divulgação dos dados oficiais do Ministério da Saúde, o total chegou a 36.044.
Neste sábado, houve mais 27.075 casos novos, elevando o total de infectados pela doença do coronavírus de 2019 para 672.846 pelos dados do governo federal. Este total já subiu para 676.494, de acordo com o sítio Worldometer.
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta criticou a medida como "uma tragédia" para maquiar ou manipular os dados. Depois de demitir Mandetta, Bolsonaro nomeou outro médico, Nelson Teich, que não aceitou a decisão de usar a cloroquina e a hidroxicloroquina nas fases iniciais da doença e pediu demissão
Hoje, o Ministério da Saúde está entregue ao general Eduardo Pazuello e a militares que, na opinião de Mandetta, tem uma "lealdade burra e genocida".
Para o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), "a manipulação de estatísticas é manobra de regimes totalitários.
No mundo inteiro, o total de casos registrados para de 6,967 milhões, com 402.170 mortes e mais de 3,411 milhões de pacientes curados. Dos casos encerrados, 11% resultaram em morte.
Os Estados Unidos têm o maior número de casos confirmados, 1.988.544, e mais mortes, 112.096. Os maiores números de mortes por habitantes são em São Marinho, Bélgica, Andorra, Reino Unido e Espanha.
O Brasil é o 20º nesta lista e o 130º em número de testes por habitante, caiu uma posição desde ontem. Pode haver uma grande subnotificação por aqui. O número real de casos e de mortes deve ser muito maior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário