Na Alemanha, na França, no Reino Unido, na Espanha, no México, na Austrália, no Japão, na Turquia, na Nigéria, no Quênia e no Zimbábue, entre outros países, multidões tomaram as ruas, apesar do risco de contaminação pela pandemia do novo coronavírus.
Aos gritos de "Vidas negras importam", "Sem justiça, não há paz" e "Eu não consigo respirar", as últimas palavras de Floyd. pediam justiça e denunciavam o racismo e a brutalidade policial contra as minorias em seus países.
Aqui no Brasil, onde os descendentes de africanos são maioria, houve manifestações em pelo menos 20 cidades no domingo contra o governo Jair Bolsonaro, o racismo e os abusos da polícia.
Houve grande preocupação de evitar a violência e o vandalismo vistos nos primeiros dias de protestos nos EUA para não justificar reações mais duras e dar munição à extrema direita, que acusou os manifestantes de arruaceiros, marginais e terroristas.
Aqui no Brasil, onde os descendentes de africanos são maioria, houve manifestações em pelo menos 20 cidades no domingo contra o governo Jair Bolsonaro, o racismo e os abusos da polícia.
Houve grande preocupação de evitar a violência e o vandalismo vistos nos primeiros dias de protestos nos EUA para não justificar reações mais duras e dar munição à extrema direita, que acusou os manifestantes de arruaceiros, marginais e terroristas.
Em Londres, cerca de 15 mil pessoas se reuniram no Hyde Park, em Whitehall, uma avenida com vários prédios governamentais, perto do Palácio de Westminster, sede do Parlamento Britânico, e diante da nova Embaixada dos EUA. Perto da Downing Street, onde fica a residência oficial do primeiro-ministro, um pequeno grupo de ativistas atirou garrafas e outros objetos na polícia.
Pelo menos 13 policiais saíram feridos e 14 manifestantes foram presos. Entre os nomes nos cartazes das vítimas da polícia britânica, estava o do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto em 22 de julho de 2005, confundido com um terrorista três semanas depois de um atentado terrorista que matou 52 pessoas no sistema de transportes de Londres.
"O número de ataques contra os agentes foi escandaloso e totalmente inaceitável. Sei que muitos dos que saíram as ruas para fazer ouvir suas vozes estarão tão escandalizados quanto eu ao contemplar estas cenas, Não há lugar para violência nestas cenas", declarou a chefe da Polícia Metropolitana da Grande Londres, Cressida Dick. Comandante da operação que matou Jean Charles, ela nunca foi processada.
Também houve protestos em Manchester, Glasgow, Edimburgo e Bristol, onde a estátua de Edward Colston, um traficante de escravos do século 17, foi derrubada.
O jornal The Guardian entende que, mais do que "apenas um sentimento isolado de raiva diante da morte brutal de George Floyd, há a expressão profunda de uma necessidade de mudança."
A Comunidade Negra, Africana e Afrodescendente na Espanha realizou manifestações em pelo menos 10 cidades. Os maiores protestos foram em Madri e Barcelona.
Mais de 10 mil pessoas se reuniram hoje diante do Palácio da Justiça, em Bruxelas, a capital da Bélgica. Também houve manifestações nas cidades belgas de Antuérpia, Gante, Liège e Ostende.
Cerca de 10 mil pessoas se concentraram na Alexanderplatz, em Berlim, a maioria mascarada e vestida de preto. "O silêncio dos brancos é violência", gritavam os manifestantes. Vários disseram estar ali por causa do racismo na Alemanha, que aumentou com a onda de refugiados e o surgimento do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha.
Em Paris, 5,5 mil pessoas protestaram contra a violência policial lembrando o caso de Adama Traoré, morto em em 19 de julho de 2016 em Persan pouco depois de ser preso pela polícia em Beaumont-sur-Oise. O presidente Emmanuel Macron pediu ao primeiro-ministro Edouard Philippe propostas para atender às reivindicações dos manifestantes.
Na Austrália, um dos primeiros países onde houve protestos fora dos EUA, dezenas de milhares de pessoas marcharam pelas ruas de Sídnei, a maior cidade do país, denunciando a violência e a discriminação histórica contra os aborígentes, os antigos habitantes da ilha antes da chegada da colonização europeia.
"A horrível morte de Floyd choca os australianos, mas os aborígenes não estão tão surpresos", comentou em editorial o jornal Sunday Morning Herald. "Alguns entre eles observam que, se vamos ficar horrorizados com a brutalidade policial ou a super-representação dos negros nas prisões, não há necessidade de olhar tão longe quanto os EUA."
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