Em tom triunfalista e eleitoreiro, o presidente Donald Trump cantou vitória hoje na Casa Branca, dizendo que “o Irã parece estar recuando”. O novo ataque revela que o risco não está totalmente afastado.
Trump fala como herói para o eleitorado do Partido Republicano, mas sai derrotado politicamente do episódio, com o aumento da influência do Irã sobre o Iraque e o repúdio dos iraquianos à violação da soberania nacional. Trump perde, especialmente se as forças dos Estados Unidos saírem do Iraque.
Realmente, o ataque de ontem à noite com dezenas de mísseis contra duas bases militares onde há soldados americanos no Iraque parece ter sido calibrado para não matar ninguém. Visava a acalmar o público interno no Irã depois do assassinato do general Kassem Suleimani, comandante da tropa de elite da Guarda Revolucionária Iraniana, por um drone americano na semana passada perto do aeroporto de Bagdá.
O ministro do Exterior do Irã, Mohamed Javad Zarif, invocou o artigo 51 da Carta das Nações Unidas, que dá aos países o direito de reagir a agressões. Foi uma resposta fraca, destinada a evitar o contra-ataque “desproporcional” ameaçado por Trump.
A morte de seu general mais importante intimidou a República Islâmica. Trump deixou claro estar pronto para usar a força quando americanos forem mortos ou feridos. O Irã tem a tecnologia de mísseis mais avançada do Oriente Médio. Mostrou capacidade militar, mas evitou danos capazes de escalar um conflito contra um inimigo muito mais poderoso. Meu comentário:
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