A desculpa usada para justificar o assassinato político do general Kassem Suleimani, comandante da tropa de elite da Guarda Revolucionária Iraniana, foi repetida hoje pelo secretário de Estado americano, Mike Pompeo, para justificar a imposição de novas sanções econômicas ao Irã.
Desta vez, os alvos foram os setores de construção civil, indústria têxtil, siderurgia e mineração, além do contra-almirante Ali Shamkhani, secretário do Conselho de Segurança Nacional, o ex-comandante da Guarda Mohsen Rezai e outros altos funcionários iranianos
Até agora, o governo Donald Trump não conseguiu comprovar a "ameaça iminente" que justificaria o ataque a Suleimani. Dois senadores do próprio partido republicano saíram revoltados de uma reunião secreta em que o Executivo apresentaria indícios e provas de sua alegação.
Ontem, em comício de sua campanha contra a reeleição, Trump afirmou que Suleimani pretendia atacar várias embaixadas dos Estados Unidos e planejava explodir a representação em Bagdá. Para seu eleitorado, foi além do que o governo diz oficialmente.
Trump anunciou as sanções ao Irã há dois dias, quando cantou vitória depois que a retaliação iraniana não matou nem feriu ninguém. O presidente observou o que "o Irã parece estar recuando" numa clara tentativa de desescalar a crise.
Com as sanções, a arma favorita de Trump, os EUA retomam a ofensiva.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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