sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

EUA anunciam novas sanções ao Irã citando risco iminente

A desculpa usada para justificar o assassinato político do general Kassem Suleimani, comandante da tropa de elite da Guarda Revolucionária Iraniana, foi repetida hoje pelo secretário de Estado americano, Mike Pompeo, para justificar a imposição de novas sanções econômicas ao Irã. 

Desta vez, os alvos foram os setores de construção civil, indústria têxtil, siderurgia e mineração, além do contra-almirante Ali Shamkhani, secretário do Conselho de Segurança Nacional, o ex-comandante da Guarda Mohsen Rezai e outros altos funcionários iranianos

Até agora, o governo Donald Trump não conseguiu comprovar a "ameaça iminente" que justificaria o ataque a Suleimani. Dois senadores do próprio partido republicano saíram revoltados de uma reunião secreta em que o Executivo apresentaria indícios e provas de sua alegação.

Ontem, em comício de sua campanha contra a reeleição, Trump afirmou que Suleimani pretendia atacar várias embaixadas dos Estados Unidos e planejava explodir a representação em Bagdá. Para seu eleitorado, foi além do que o governo diz oficialmente.

Trump anunciou as sanções ao Irã há dois dias, quando cantou vitória depois que a retaliação iraniana não matou nem feriu ninguém. O presidente observou o que "o Irã parece estar recuando" numa clara tentativa de desescalar a crise.

Com as sanções, a arma favorita de Trump, os EUA retomam a ofensiva.

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