Dois anos depois de abandonar o discurso apocalíptico de guerra nuclear e de fazer gestos em favor da paz e do diálogo, o ditador Kim Jong Un aproveitou o discurso de Ano Novo para lançar novo desafio aos Estados Unidos ao anunciar o fim da moratória de testes nucleares e de mísseis de longo alcance.
Kim prometeu surpreender o mundo "num futuro próximo" com uma nova arma estratégica, informou o jornal The New York Times, citando a Agência de Notícias Central da Coreia, porta-voz oficial do regime comunista norte-coreano.
Há mais de dois anos, a ditadura stalinista de Pyongyang não faz testes nucleares. Neste período, o ditador se encontrou três vezes com o presidente Donald Trump, mas, apesar das promessas de desnuclearização da Península Coreana, não houve avanço.
Os EUA exigem que a Coreia do Norte entregue as armas nucleares para suspender as sanções econômicas que sufocam a economia norte-coreana. A Coreia do Norte exige o alívio das sanções antes de começar a entregar as armas.
Na prática, Trump vendeu a moratória como um grande sucesso do seu talento negociador, mas especialistas do Departamento da Defesa e dos serviços secretos dos EUA não acreditam que o regime norte-coreano esteja mesmo disposto a abrir mão das armas atômicas desenvolvidas com tanto sacrifício.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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