Dois homens-bomba da milícia extremista muçulmana Boko Haram atacaram hoje uma mesquita em Gwoza, no estado de Borno, no Nordeste da Nigéria. Um menino de 12 anos morreu e várias pessoas saíram feridas.
Depois do atentado, o 192º Batalhão do Exército da Nigéria isolou a área ao redor da mesquita. O presidente Muhammadu Buhari e as Forças Armadas nigerianas estão sob pressão dos ataques frequentes do Boko Haram no Nordeste do país.
Recentemente, o grupo terrorista matou o estudante Ropvil Daciya Dalep, duas semanas depois de sequestrá-lo em 9 de janeiro. Dalep foi executado friamente com um tiro na cabeça disparado por um soldado menor de idade. O vídeo circula na rede mundial de computadores.
"Não vamos parar antes de vingar o sangue dos mortos", declarou o menino antes de matar. O nome Boko Haram significa "não à educação ocidental".
Desde 2009, quando o Boko Haram aderiu à luta armada para impor a lei islâmica, mais de 35 mil rebeldes, soldados das forças de segurança nigerianas e civis morreram, a grande maioria no Nordeste da Nigéria, mas também nos vizinhos Chade e Níger.
O pico da guerra civil foi em 2014 e 2015, quando os Exércitos da região se uniram para reconquistar as regiões ocupadas pelo Boko Haram. Em 2015, o grupo se dividiu com o surgimento da Província do Estado Islâmico na África Ocidental.
Com a perda da base territorial, o Boko Haram passou a apelar mais para o terrorismo suicida dos homens e mulheres-bomba.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário