terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Assassinato de líderes não é política externa

O Irã atacou nesta noite duas bases militares do Iraque onde há soldados dos Estados Unidos, mostrando mais uma vez o fracasso da estratégia de matar líderes inimigos. Como observou o comentarista Gideon Rachman, do jornal Financial Times, "assassinato político não é política externa".

A República Islâmica do Irã assumiu hoje a responsabilidade por um ataque com mais de uma dúzia de mísseis balísticos contra duas bases militares do Iraque, onde havia soldados dos Estados Unidos.

É a retaliação pelo assassinato do general iraniano Kassem Suleimani, comandante da tropa de elite da Guarda Revolucionária Iraniana, num ataque de drones na noite de 2 para 3 de janeiro, em Bagdá.
Os danos ainda não foram revelados pelo governo americano.

Horas antes, o presidente Donald Trump ameaçou ordenar um ataque “desproporcional” se cidadãos e interesses dos Estados Unidos fossem atingidos. Os mísseis saíram do território iraniano e alvejaram as bases de Assad, no Oeste, e outra cidade curda de Arbil, no Norte do Iraque.

A bola volta agora para a quadra dos Estados Unidos. A expectativa agora é qual será a reação de Trump, como será o novo ataque americano. Meu comentário:
Depois do ataque, o Ministério do Exterior do Irã divulgou nota tentando desescalar a situação, alegando ter dado uma resposta "proporcional com base no Artigo 51 da Carta das Nações Unidas", e o presidente Donald Trump escreveu no Twitter, seu meio de comunicação favorito, que "tudo está bem". Nenhum dos dois lados quer a guerra. 

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