Os serviços secretos de Israel consideram baixa a probabilidade de um ataque do Irã como parte da retaliação pelo assassinato pelos Estados Unidos em 2 de janeiro, em Bagdá, do general Kassem Suleimani, que era comandante da Força Quods, tropa de elite da Guarda Revolucionária Iraniana, noticiou hoje a agência Reuters.
O primeiro-ministro interino, Benjamin Netanyahu orientou o ministério a deixar claro que os EUA agiram sozinhos ao matar Suleimani, sem envolvimento de Israel, apesar da inimizade histórica entre os dois países.
Israel tenta evitar uma escalada no confronto capaz de envolver o país. O governo israelense apoia a campanha de pressão máxima dos EUA contra o Irã, mas a ameaça de guerra levou a uma tentativa de se distanciar das ações mais recentes dos americanos.
Há alguns anos, Israel examina a possibilidade de atacar unilateralmente o Irã para neutralizar o programa nuclear iraniano, considerado hoje a maior ameaça à segurança do Estado judaico. Em campanha para as eleições parlamentares de 2 de março, Netanyahu se apresenta como o único líder capaz de garantir a segurança de Israel. Uma escalada no conflito com o Irã fragilizaria esta posição.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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