quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Propaganda da Rússia tenta minar democracia liberal

Como no tempo da União Soviética, a máquina de propaganda da Rússia semeia a discórdia, a mentira, o medo e o ódio para minar seus inimigos, especialmente os Estados Unidos e a União Europeia.

A Guerra Fria não foi vencida pela força das armas. Os arsenais nucleares dos Estados Unidos e da União Soviética eram redundantes. Nenhum lado poderia destruir o inimigo sem ser destruído. Era o equilíbrio do terror nuclear, a destruição mutuamente assegurada. 

A vitória dos Estados Unidos e do Ocidente foi política, ideológica, econômica, científica e tecnológica. O poder brando ou poder suave, a comunicação social, a cultura, a pop art, o rock’n’roll, os movimentos jovens, as calças jeans e Hollywood tiveram um papel fundamental ao vender para o mundo o estilo de vida capitalista americano como superior ao comunismo soviético. 

O professor Joseph Nye jr., da Universidade de Harvard, que criou a expressão, acredita que o poder suave venceu a Guerra Fria. 

Hoje a Rússia não exerce seu poder suave apenas para exaltar a grandeza do país e o heroísmo de seu povo, para cultivar uma imagem positiva no exterior. Tenta minar a imagem de seus inimigos e explorar as divisões entre os países ocidentais, os medos, as fobias e o ódio, como fez durante a campanha eleitoral de 2016 nos Estados Unidos para ajudar Donald Trump. 

A máquina de propaganda do Kremlin não é exatamente um poder suave, observa a empresa de consultoria e análise estratégica Stratfor. O ataque aos valores ocidentais é um elemento central da estratégia de comunicação da ditadura de Vladimir Putin. 

O alvo é a democracia liberal. Em entrevista ao jornal inglês Financial Times, Putin chegou a declarou a morte do liberalismo ocidental. É o que ele gostaria. Meu comentário:

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