A economia dos Estados Unidos avançou numa taxa anual de 2,1% em 2019, ampliando o mais longo período da crescimento ininterrupto da história do país, iniciado em 2009. Mas o ano fechou com uma expansão de 2,3%, abaixo dos 2,9% de 2018 e da meta de 3% do governo Donald Trump. Foi o menor a alta do produto interno bruto desde 2019.
"No quarto trimestre do ano passado, houve uma queda nas importações, uma aceleração dos gastos públicos e uma pequena redução no investimento não residencial foram neutralizadas por uma forte queda no investimento privado para formação de estoques e uma desaceleração no consumo pessoal", declarou o Departamento do Comércio.
O consumo pessoal respondeu por 1,2 ponto percentual no crescimento do PIB, em contraste com 2,1 pontos percentuais em 2018. No ano como um todo, o consumo pessoal avançou 2,6%, abaixo dos 3% do ano passado.
A desaceleração atingiu todas as categorias de bens de consumo, inclusive automóveis e móveis. O consumo pessoal em serviços resistiu, mas os gastos com refeições fora de casa também sofreram desaceleração, num sinal de queda de confiança.
Os gastos das empresas caíram 1,5% no último trimestre, reduzindo para 2,1% o avanço anual, em contraste com 6,4% em 2018.
Sob pressão de Trump, preocupado com o impacto de sua guerra comercial com a China, o Conselho da Reserva Federal (Fed), a direção do banco central dos EUA, cortou a taxa básica de juros três vezes no ano passado e indicou que pretende mantê-la inalterada neste ano.
Para este ano, o economia Ian Shepherdson, da empresa Pantheon Macroeconimics, espera um crescimento estável em torno de 2% "se o coronavírus permitir". Neste caso, ele acredita que o Fed deve manter as taxas de juros, o que também é normal num ano eleitoral para evitar suspeitas de favorecer o governo do dia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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