Sob pressão da crise das dívidas públicas, depois de um ano e meio, a Bélgica conseguiu formar um governo. O rei Albert II instalou oficialmente na segunda-feira o governo do primeiro-ministro socialista Elio di Rupo, um francófono da região da Valônia, pondo fim à mais longa crise política da história do reino, informa o jornal francês Le Monde.
A Bélgica é dividida por dois povos: os flamengos, da região de Flandres, que falam uma língua próxima do holandês; e os valões, francófonos, da Valônia.
Nas últimas eleições, os nacionalistas flamengos ganharam na metade norte do país. Como querem a independência, criou-se um impasse político que só foi rompido quando a crise das dívidas públicas da Zona do Euro ameaçou engolgar a Bélgica.
O país tem uma dívida de 98% do produto interno bruto. Já foi a maior da União Europeia. Não é problema porque a Bélgica é uma espécie de protetorado da França, que tem fortes ligações com sua população francófona. Os sistemas financeiros também são muito interligados.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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