Por 68% a 32%, o Reino Unido rejeitou em plebiscito realizado ontem a mudança no sistema de eleição dos deputados da Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico, informa a TV independente ITN. Foi uma grande derrota para o Partido Liberal-Democrata, parceiro menor da coalizão de governo.
O país adota o voto distrital em turno único. Em cada um dos 645 distritos, ganha o mais votado, sem necessidade de obter maioria absoluta, como na França, o que força a realização de um segundo turno.
Enquanto os liberais-democratas colocaram a realização de um plebiscito como precondição para apoiar o governo do primeiro-ministro conservador David Cameron, os conservadores e os trabalhistas gostam do atual sistema. Ele favorece os dois grandes partidos ao polarizar todas as eleições em torno de quem tem mais chance de ganhar.
Esse sistema é conservador, fortalece o bipartidarismo e elege parlamentos com grandes maiores mesmo quando nenhum partido consegue metade dos votos.
O sistema proposto como alternativa mantinha o voto distrital. Como na Austrália, os eleitores colocariam números ao lado dos candidatos, indicando sua segunda, terceira e quarta opções. Se nenhum candidato tivesse maioria absoluta como primeira opção, os votos da segunda opção seriam distribuídos e assim sucessivamente até um candidato chegar à maioria absoluta.
É complicado. A maioria dos britânicos foi contra.
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