Diante do colapso do acordo para que o presidente Ali Abdullah Saleh abandone o poder no Iêmen depois de 32 anos, partidários do ditador cercaram a embaixada dos Emirados Árabes Unidos em Saná, onde embaixadores pressionavam Saleh a assinar o acordo firmado ontem pela oposição.
O embaixador americano e o mediador do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico (CCG), a organização regional formada pelas monarquias petroleiras do Oriente Médio, foram resgatados de helicóptero. Os embaixadores do Reino Unido e da União Europeia decidiram ficar. Por causa da afronta, o CCG suspendeu sua mediação.
A proposta já foi rejeitada duas vezes na última hora pelo ditador. Prevê a formação de um governo de união nacional e a renúncia de Saleh em 30 dias, em troca de imunidade para ele e a família. Dentro de 60 dias, seriam realizadas eleições presidenciais.
Com a dura repressão na Arábia Saudita, o Iêmen se tornou a base da rede terrorista Al Caeda na Península Arábica. É hoje um dos países-chaves na luta dos Estados Unidos contra o terrorismo.
Há três meses, a população iemenita sai às ruas, na onda de revoluções liberais no mundo árabe para exigir a queda de Saleh.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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