A rede terrorista Al Caeda indicou Said al-Adel, também conhecido como Mohmed Ibrahim Makaui, como líder interino, em substituição a Ossama ben Laden, morto pelos Estados Unidos numa operação militar em Abotabade, no Paquistão, em 2 de maio de 2011.
Ex-oficial das Forças Especiais do Egito, Adel era um alto dirigente de estratégia e questões militares d'al Caeda.
Sua indicação é interpretada como um sinal de que os militantes da base da organização estão sentindo falta do Xeque ou Emir, como se referiam a Ben Laden.
A expectativa inicial é que o substituto fosse o médico egípcio Ayman al-Zawahiri, sempre visto como lugar-tenente de Ben Laden.
Como Adel não se compara ao Xeque em carisma, esse vácuo de liderança reforça a perspectiva de um esvaziamento progressivo da rede terrorista. De família rica, Ben Laden era também o grande arrecadador de dinheiro d'al Caeda junto a milionários árabes que acreditam no radicalismo islâmico.
O novo líder, especialmente sendo apresentado como interino, precisa agora firmar sua liderança. No caso, a legitimidade diante do movimento jihadista depende de sua capacidade de realizar grandes atentados terroristas.
Será um teste para a liderança e para a rede como um todo, que parece cada vez menos capaz de fazer ataques espetaculares, embora o terrorismo nunca deva ser subestimado porque se vale da distração, da desatenção e da guarda baixa de quem não se considera em perigo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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