A prisão do diretor geral do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, cria uma oportunidade para grandes países emergentes como a China, o Brasil e a Índia influam na sua sucessão e na sua atuação, comentou a professora Ngaire Woods, da Universidade de Oxford.
Em palestra na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, sobre Governança Global Depois da Crise: caminhando como sonâmbulos para a próxima crise, nesta quarta-feira, 18 de maio de 2011, a economista e doutora em relações internacionais observou que "há apenas cinco anos, os grandes tomadores de empréstimos do FMI eram países em desenvolvimento. Desde 2008, a maioria dos empréstimos vai para a Europa e uma pequena parcela para a África".
Grécia, Irlanda, Portugal, Ucrânia, Hungria e Romênia receberam ajuda do Fundo.
Ao mesmo tempo, com a Grande Recessão (2008-9) nos países ricos, os grandes emergentes passaram a emprestar dinheiro para o FMI. Assim, Ngaire Woods entende que, mesmo que os europeus consigam manter o privilégio de indicar o diretor geral, "se eles [emergentes] aceitarem um europeu, devem exigir a criação de mecanismos para fiscalizar sua atuação e a aplicação dos recursos".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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