terça-feira, 31 de maio de 2011

Bolívia pede desculpas e expulsa iraniano

A Bolívia pediu desculpas agora à noite à Argentina por receber o ministro da Defesa do Irã, Ahmad Vahidi, denunciado junto com outros dirigentes iranianos pelos atentados terroristas contra alvos judaicos cometidos no início dos anos 90 em Buenos Aires, que mataram 114 pessoas e feriram outras 500.

Em carta ao ministro de Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto da República Argentina, Héctor Timerman, o ministro de Relações Exteriores do Estado Plurinacional da Bolívia, David Choquehuanca, declara que "lamentavalmente desconhecia os antecedentes correspondentes a este caso".


Dentro da esdrúxula aliança que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, fez com a ditadura teocrática do Irã porque ambos são inimigos dos Estados Unidos, o Ministério da Defesa do governo chavista da Bolívia decidiu convidar o ministro da Defesa iraniano para visitar o país.


Como até o ex-presidente iraniano Ali Akbar Hachemi Rafsanjani está denunciado criminalmente na Argentina pelos atentados, que teriam sido cometidos pela milícia fundamentalista xiita Hesbolá com financiamento iraniano, a visita criou um conflito diplomático.

O chanceler boliviano agradece a cooperação do governo argentino para "superar essa lamentável situação".

"Como resultado de todo este fato lamentável, devo lhe dar a conhecer que o governo da Bolívia tomou todas as medidas correspondentes a fim de que o sr. Ahmad Vahidi abandone de imediato o território boliviano", conclui Choquehuanca, pedindo desculpas mais uma vez.

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