Durante um comício em Springfield, Illinois, estado que representa no Senado, o candidato do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos na eleição de 4 de novembro, apresentou hoje oficialmente o senador Joe Biden, de Delaware, como candidato a vice-presidente na sua chapa.
Biden declarou que "os americanos não precisam agüentar mais quatro anos de Bush", reforçando uma mensagem da campanha de Obama, que tenta colar o candidato do Partido Republicano, senador John McCain, do Arizona, às políticas do governo George Walker Bush, um dos presidentes mais impopulares da História dos EUA.
"Durante meses, tenho procurado um líder para terminar esta jornada a meu lado e se juntar a mim para fazer Washington trabalhar para o povo americano", declarou Obama. "Procurei um líder que entendesse os altos custos enfrentados pelos trabalhadores, que vai sempre colocar seus sonhos em primeiro lugar."
O candidato a vice, conhecido como rápido no gatilho verbal, saiu logo atirando: "John McCain serviu nosso país com extrema coragem. Eu sei que ele quer fazer a coisa certa pelos EUA. Mas a dura realidade é clara: não pode mudar os EUA quem apoiou as políticas de George Bush 95% do tempo."
Ele também ironizou McCain, que admitiu não saber quantas casas têm porque é muito rico, casado com uma milionária: "Deve ser duro ter de decidir em qual das sete mesas da cozinha você vai se sentar."
A campanha de McCain respondeu imediatamente, destacando um lapso de linguagem de Obama. Ao apresentar Biden, ele o descreveu como "o próximo presidente dos EUA", em vez de próximo vice-presidente.
"Obama como se já tivesse entregue o posto mais importante a seu novo mentor", alfinetou um porta-voz da candidatura republicana. "A realidade é que nada mudou desde que Joe Biden fez sua avaliação de que Obama não está pronto para liderar. Não estava antes e não está agora."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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