Num gesto para fortalecer o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, considerado um parceiro confiável para retomar o processo de paz, o governo de Israel libertou hoje 198 prisioneiros palestinos ligados à Organização para a Libertação da Palestina (OLP), liderada por Abbas. Cerca de 11 mil palestinos continuam presos em Israel.
Desde o amanhecer, os palestinos se concentraram na Mukata, o palácio presidencial da ANP, em Ramala, na Cisjordânia. A festa começou muito antes dos ônibus com os prisioneiros chegarem.
Entre os libertados, estava o mais antigo prisioneiros palestino detido em Israel, Said al-Atabeh, da Frente Democrática pela Libertação da Palestina (FDLP), um grupo mais radical dentro da OLP do que al-Fatah (A Luta), o partido do falecido Yasser Arafat e de Abbas.
Preso em 1977, al-Atabeh foi condenado à prisão perpétua pela explosão de uma bomba que matou uma mulher e feriu diversas outras pessoas. Em Nablus, também na Cisjordânia, sua mãe chorou ao vê-lo livre na televisão em transmissão ao vivo, sendo recebido pelo presidente Abbas.
Na Faixa de Gaza, militantes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) exigem a libertação de seus presos. Mas a libertação foi claramente uma jogada de Israel para isolar o Hamas.
Enquanto isso, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, chegava a Israel para retomar as negociações de paz.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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