Sob pressão de uma ameaça de processo de impeachment, o ditador do Paquistão, general Pervez Musharraf, anunciou que fará hoje um pronunciamento à nação em cadeia nacional de rádio e televisão.
Há rumores de que Musharraf estaria negociando uma renúncia em troca do fim do processo. Ele chegou ao poder em 1999, derrubando o primeiro-ministro Nawaz Sharif, que tentara destituí-lo.
No final do ano passado, para conseguir sua terceira reeleição, Musharraf afastou vários juízes superiores, inclusive o presidente do Supremo Tribunal do Paquistão.
Aliado essencial dos Estados Unidos na guerra contra o terrorismo, porque o Paquistão é o único país muçulmano com armas nucleares e foco de grande agitação jihadista, Musharraf seria o guardião dessas armas. Por uma articulação americana, ele ficaria na presidência e Benazir Bhutto seria primeira-ministra pela terceira vez.
Mas um atentado matou Benazir em 27 de dezembro de 2007. Musharraf, isolado, teve de deixar o comando do Exército para cumprir um terceiro mandato. Na política paquistanesa, pode ser decisivo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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