Em um desafio à oposição, o presidente Evo Morales convocou por Decreto Supremo um referendo para aprovar a nova Constituição da Bolívia em 7 de dezembro. A decisão foi tomada numa reunião do governo boliviano que levou 10 horas.
Cinco dos nove departamentos do país, dominados pela oposição que luta por autonomia regional, prometem não realizar o referendo constitucional.
Morales chegou ao poder no início de 2006 prometendo reformas profundas para refundar a Bolívia e dar cidadania à maioria indígena.
A nova Constituição é a peça-chave desse projeto. Proíbe os futuros governos de "ceder" os recursos naturais do país a empresas transnacionais e a instalação de bases militares estrangeiras.
Sem a concordância da oposição, Morales recorreu ao chamado Decreto Supremo. Em Sucre, o presidente do Comitê Cívico do Departamento de Chuquisaca perguntou para que serve o Congresso se o Executivo não o obedece. Ele acusou Morales de ser um ditador e prometeu defender a democracia com o sangue e a vida, se necessário.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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