Num desafio aos Estados Unidos, o Irã declara que não quer a guerra, mas não vai fugir da luta. O presidente Joe Biden avisou que já decidiu como contra-atacar depois da morte de três soldados norte-americanos em ataque na Jordânia no domingo passado e prometeu punir quem armou a milícia responsável pelo bombardeio.
“Ouvimos ameaças de altos funcionários dos EUA de ataques ao Irã. Já nos testaram e nos conhecemos. Não vamos deixar nenhuma ameaça sem resposta. Não queremos a guerra, mas não temos medo dela”, declarou o comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, general Hossein Salami.Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024
Irã promete responder a "toda ameaça" dos EUA
Nem os EUA nem o Irã quer a guerra, mas o risco de acidentes, erros de cálculos e escaladas inesperadas sempre existe.
A estratégia de dissuasão de Washington não funcionou até agora porque as milícias financiadas, treinados e armadas pelo Irã ganham prestígio, apoio político e mais recursos ao enfrentar os EUA. Mas a trégua anunciada pelo grupo iraquiano Kataib Hesbolá (Batalhões do Partido de Deus), acusado pelo Pentágono pelo ataque, indica que sofreu pressões do Irã e do Iraque.
Essas milícias que ameaçam a segurança internacional, grupos armados não estatais, têm alguma autonomia, mas dependem de países para receber armas, dinheiro, cobertura diplomática e proteção.
A melhor maneira de conter o risco de uma grande conflagração no Oriente Médio é acabar com a guerra inicial entre Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas). O líder supremo do Hamas, Ismail Haniya, é esperado no Cairo para acelerar as negociações para um cessar-fogo e a troca de reféns israelenses por presos palestinos, a esperança de início do fim da guerra.
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