Em mais um crime da ditadura de Vladimir Putin, o líder da oposição na Rússia, Alexei Navalny, morreu hoje aos 47 anos numa prisão do Arquipélago Gulag da era soviética situada ao norte do Círculo Polar Ártico, onde a temperatura nesta época do ano está abaixo de menos 20 graus.
Navalny era advogado. Ganhou prestígio com um blog em que denunciava a corrupção e a vida de luxo e riqueza da oligarquia que orbita ao redor do Kremlin. Um vídeo sobre um palacete de US$ 1 bilhão no Mar Negro que seria de Putin teve mais de 130 milhões de visualizações.
Em 20 de agosto de 2020, foi envenado quando fazia campanha eleitoral no interior da Rússia. Seu voo de Tomsk para Moscou foi obrigado a fazer um pouso de emergência em Omsk para salvá-lo.
Sob pressão da Alemanha, dois dias depois a ditadura de Putin autorizou que ele fosse levado para tratamento em Berlim, que identificou a droga novichok, um agente nervoso, uma arma química desenvolvida pela União Soviética nos anos 1970.
Ao voltar à Rússia, Navalny foi preso sob a acusação de violar os termos de sua liberdade condicional, embora tenha saído da Rússia desacordado. A suspensão da pena foi revogada e a sentença foi de nove anos em regime fechado por "fraude" e "desacato ao tribunal".
Em agosto de 2023, foi condenado de novo, desta vez a 19 anos de prisão por "extremismo" por criar sua fundação anticorrupção, na verdade, por fazer oposição à invasão da Ucrânia.
Em dezembro do ano passado, Navalny desapareceu por quase três semanas e reapareceu numa nova prisão a 2 mil quilômetros de Moscou, ao norte do Círculo Polar Ártico, a Colônia Penal nº 3, mais conhecida como Lobo Polar, parte do Arquipélago Gulag, as prisões e campos de trabalhos forçados do stalinismo.
Como Navalny foi silenciado, no fim do comentário cito suas propostas para o fim da guerra na Ucrânia.
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