sábado, 17 de fevereiro de 2024

Hoje na História do Mundo: 17 de Fevereiro

BOMBA H BRITÂNICA

    Em 1955, em plena Guerra Fria, o ministro da Defesa do Reino Unido, Harold Macmillan, futuro primeiro-ministro, anuncia a decisão de fazer a bomba atômica de hidrogênio.

A bomba H é mil vezes mais poderosa do que as bombas de urânio e plutônio jogadas pelos Estados Unidos em Hiroxima e Nagasáki, no Japão, no fim da Segunda Guerra Mundial, em 6 e 9 de agosto de 1945.

Em 29 de agosto de 1949, a União Soviética explode a bomba atômica. Na corrida armamentista nuclear da Guerra Fria, isso leva os EUA a investir na bomba H. Washington explode sua primeira bomba H em 1º de novembro de 1952.

O Reino Unido detona sua bomba atômica em 3 de outubro de 1952, tornando-se a terceira potência nuclear. Macmillan toma a decisão de fazer a bomba H antes da URSS testar sua bomba de hidrogênio, em 22 de novembro de 1955. 

A primeira bomba H britânica é detonada em 15 de maio de 1957. A França e a China também têm bombas de hidrogênio.

CHINA INVADE O VIETNÃ

    Em 1979, pouco menos de dois meses depois da invasão do Vietnã ao Camboja para derrubar o regime genocida do Khmer Vermelho, aliado de Beijim, o Exército Popular de Libertação da China invade o Vietnã, aliado da União Soviética, na primeira guerra aberta entre países comunistas.

As duas grandes potências comunistas, a China e a URSS, apoiam o Vietnã do Norte na guerra contra os Estados Unidos durante a Guerra Fria. Duas semanas antes do fim da Guerra do Vietnã com a queda de Saigon em 30 abril de 1975, o Khmer Vermelho toma o poder no Camboja e instaura seu reino do terror, com apoio chinês.

Diante da rivalidade entre China e URSS, o Vietnã unificado fortalece as relações com os soviéticos. A invasão do Camboja, no Natal de 1978, e a queda do ditador Pol Pot, em 9 de janeiro de 1979, levam à invasão chinesa.

Depois de nove dias de intensos combates, a invasão é repelida. A Guerra Sino-Vietnamita termina em 16 de março, mas as escaramuças na fronteira continuam até os anos 1980. O Vietnã vence porque a China se retira e o Vietnã mantém a ocupação do Camboja.

INDEPENDÊNCIA DO KOSSOVO

    Em 2008, a região do Kossovo declara independência da Sérvia, mas muitos países não a reconhecem até hoje. A Corte Internacional de Justiça decide que o Kossovo não violou o direito internacional.

Ao todo, 114 países reconhecem a independência do Kossovo, entre eles Estados Unidos e a maioria dos países da União Europeia, mas não a Rússia. Até hoje o Kossovo não faz parte das Nações Unidas por causa do veto da Rússia.

O Kossovo, onde a maioria da população tem origem albanesa, tinha o status de província autônoma da Sérvia dentro da Iugoslávia. Com o declínio do comunismo como ideologia, o líder sérvio Slobodan Milosevic apela para o nacionalismo sérvio para se manter no poder. Em 1987, faz um discurso em Pristina dizendo que os sérvios nunca mais serão humilhados na sua própria terra.

É a senha para destampar os nacionalistas ferozes dos bálcãs. Em 1991, a Croácia e a Eslovênia declaram independência. A Sérvia, que domina o Exército Federal da Iugoslávia, não aceita e vai à guerra. Em 1992, a Bósnia-Herzegovina declara independência. É o início da mais brutal das guerras que dividem a Iugoslávia, com mais de 100 mil mortes em três anos, cerco de Sarajevo, massacres e campos de concentração como a Europa não via desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Em 1995, os acordos de Dayton fazem a paz entre Bósnia, Croácia e Sérvia. No ano seguinte, Milosevic assenta 16 mil refugiados sérvios da Bósnia e da Croácia no Kossovo, muitos contra a vontade.

Diante da discriminação e da repressão contra a maioria albanesa, em 28 de fevereiro de 1998, começa a guerra entre a Sérvia e os rebeldes do Exército de Libertação do Kossovo. Em resposta aos massacres cometidos pelas forças de Milosevic, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) entra na guerra em 24 de março de 1999 com bombardeios aéreos maciços. A Sérvia se rende em 11 de junho.

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