DICIONÁRIO DE OXFORD
Em 1884, o primeiro fascículo do Dicionário Inglês de Oxford (OED), o maior e melhor dicionário da língua inglesa, é publicado. Hoje, contém o significado, a origem, a pronúncia e citações de mais de meio milhão de palavras.
Os planos para produzir um dicionário inglês atualizado e sem erros começam em 1857 na Sociedade Filológica de Londres. A ideia é cobrir toda a linguagem utilizada desde 1150, no período anglo-saxão, em quatro volumes com um total de 6.400 páginas, um projeto a ser realizado em 10 anos.Na realidade, leva mais do que 40 anos até que o 125º e último fascículo é publicado, em abril de 1928. Enfim, o Dicionário Inglês de Oxford está pronto, com 10 volumes e mais de 400 mil verbetes, Assim que sai, começa a ser atualizado. Hoje tem 20 volumes e está a venda no Brasil.
Desde o ano 2000, a Editora da Universidade de Oxford oferece uma versão on-line.
DANIEL PEARL ASSASSINADO
Em 2002, meses depois dos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, o jornalista norte-americano Daniel Pearl, é sequestrado e morto por um grupo terrorista no Paquistão. Semanas depois, os terroristas divulgam um vídeo da execução por degola que choca o mundo.
Como chefe do escritório do Sudeste Asiático do jornal The Wall Street Journal, Pearl investiga o extremismo muçulmano e o jihadismo. É sequestrado em Karáchi, a maior e mais rica cidade paquistanesa, quando tentava entrevistar um líder religioso muçulmano.Os sequestradores o acusam de espionagem. Fazem parte do grupo Movimento Nacional para Restaurar a Soberania Paquistanesa. Exigem a libertação de todos os paquistaneses presos por terrorismo. Mandam fotos de Pearl algemado com uma arma na cabeça e esta com o jornal paquistanês Dawn para mostrar que está vivo.
Em 2002, a Justiça do Paquistão condena o britânico Ahmed Omar Saïd Sheikh pela morte de Pearl. Cinco anos depois, Khaked Sheikh Mohammed, da rede terrorista Al Caeda, considerado um dos idealizadores dos aviões-bomba do 11 de Setembro, assume a responsabilidade pelo assassinato. Afirma ter degolado Daniel Pearl pessoalmente.
ACIDENTE DA COLUMBIA
Em 2003, a nave ou ônibus espacial Columbia explode ao voltar a Terra no fim da missão a 60 quilômetros de altitude, matando os sete tripulantes.
A Columbia faz em 1981 o primeiro voo do programa de ônibus espaciais da NASA (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos). Em 16 de janeiro de 2003, parte para a 28ª missão, dedicada a fazer experiências com microgravidade.
A desintegração da Columbia acontece 22 anos depois da explosão da Challenger pouco depois do lançamento, em 28 de janeiro de 1986.
A investigação concluiu que um minuto e 21 segundos depois do lançamento um pedaço de espuma isolante soltou-se do tanque de propulsão externo e atingiu a borda da asa esquerda. Pedaços de espuma se soltaram em missões passadas sem problema grave.
Os engenheiros da NASA não pensaram que a espuma tivesse força suficiente para causar dano significativo. A espuma faz um grande buraco nas telhas de isolamento de carbono-carbono reforçado que protegem o nariz do ônibus espacial e as bordas da asa do calor extremo da reentrada atmosférica.
Embora alguns engenheiros quisessem câmeras terrestres para tirar fotos do ônibus orbital para procurar por danos, o pedido não chegou aos funcionários certos.
Durante a reentrada da Columbia na atmosfera, o momento mais crítico dos voos espaciais, gases quentes penetram na seção de azulejos danificados e derretem os principais elementos estruturais da asa, que eventualmente entram colapso.
Os dados do veículo mostram temperaturas crescentes dentro de seções da asa esquerda às 8:52. A tripulação só se dá conta um minuto antes da desintegração da nave.
Em consequência do acidente, os outros ônibus espaciais – Atlantis, Discovery e Endeavour – ficam em Terra até que a NASA e empresas contratadas desenvolvam meios de evitar esses acidentes, inclusive instrumentos para fazer reparos em órbita.
A Discovery volta ao espaço em 26 de julho de 2006. A última missão é realizada pela Atlantis em julho de 2011.
GOLPE EM MIANMAR
Em 2021, um junta militar toma o poder em Mianmar em golpe contra o governo civil liderado por Aung San Suu Kyu, filha do herói da independência do país, então chamado de Birmânia.
A União da Birmânia se torna independente do Império Britânico em 4 de janeiro de 1948. Os militares assumem o controle do país num golpe militar do general Ne Win em 1962, que impõe um regime socialista.
Em 1988, há uma onda de protestos contra o regime, que em 1989 muda o nome do país, batizado pelo Império Britânico como Birmânia em 1885, para Mianmar. A ditadura convoca eleições em 1990, perde e não entrega o poder à Liga Nacional pela Democracia (LND), liderada por Suu Kyi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 1991.
Quando 100 mil pessoas protestam em Rangum, em 2007, o governo mata 31 manifestantes e prende 6 mil. Em 2008, o país é arrasado pelo ciclone Nargis, que mata 134 mil pessoas e deixa 2,4 milhões de desabrigados.
Em novembro de 2010, são realizadas as primeiras eleições em 20 anos. Suu Kyu sai da prisão domiciliar. Em 8 de novembro de 2015, acontecem as primeiras eleições democráticas desde 1990. A LND obtém uma ampla vitória, mas Suu Kyu é impedida de ser presidente por ter sido casa com um britânico.
Em 15 de março de 2016, o parlamento elege Htyn Kiaw como primeiro presidente civil desde 1962. Suu Kyi ocupa o cargo de conselheira do Estado, uma espécie de primeira-ministra. É muito criticada por ficar do lado dos militares durante a perseguição aos muçulmanos da minoria ruainga em 2012 e 2013, quando 140 mil muçulmanos fogem.
Com o golpe de Estado de 2021, Suu Kyi e o então presidente, Win Myint, são presos sob a acusação de fraude eleitoral. Os militares prometem devolver o poder aos civis dentro de um ano, mas estão no poder até hoje. Começa uma guerra civil que ainda não acabou. Mais de 41 mil pessoas morrem no conflito.
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