Depois de quatro meses e meio de guerra, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu apresentou um plano para o futuro da Faixa de Gaza. A proposta mantém o controle de Israel sobre a segurança em todo o território histórico da Palestina, ou seja, de Israel, da Cisjordânia e de Gaza, com "liberdade de ação operacional" por um tempo ilimitado e uma administração civil palestina em Gaza sem a participação da Autoridade Nacional Palestina (ANP) nem do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
O plano fala em desmilitarização e desradicalização de Gaza. É feito sob medida para agradar aos extremistas de direita do governo israelense. Vai contra a proposta dos Estados Unidos e dos países árabes de criação de um país para o povo palestino.
A ANP declarou que "qualquer proposta que não crie um Estado palestino está destinada ao fracasso."
Uma delegação israelense voltou a Paris para retomar as negociações com os EUA, o Egito e o Catar para uma trégua com a libertação de todos os reféns. Se os reféns não forem soltos até o início do sagrado mês muçulmano do Ramadã, que neste ano começa em 10 de março, Israel ameaça realizar uma invasão terrestre de Rafá, onde há 1,1 milhão de palestino que fugiram da guerra em outras regiões de Gaza.
Os EUA mudaram de posição em relação às colônias israelenses na Cisjordânia ocupada. Agora, consideram "inconsistentes com o direito internacional". Há mais de 700 mil colônias israelenses na Cisjordânia. É um dos maiores obstáculos a um acordo de paz definitivo com a criação da Palestina independente.
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