segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Hoje na História do Mundo: 12 de Fevereiro

INDEPENDÊNCIA DO CHILE

    Em 1818, no primeiro aniversário da vitória na Batalha de Chacabuco, Bernardo O'Higgins proclama, jura e assina em Santiago a ata de independência do Chile do Império Espanhol, antes da vitória decisiva na Batalha de Maipú.

A conquista do Chile pela Espanha começa em 1536-37 com Diego de Almagro, associado e depois rival de Francisco Pizarro. o conquistador do Peru. Almagro vai em busca de "outro Peru", mas os espanhóis mão encontrma ouro nem uma grande civilização e voltam para o Peru.

A segunda tentativa de colonizar o Chile acontece em 1540-41, quando Pizarro autoriza Pedro de Valdivia a instalar um assentamento na área. Sem grandes riquezas, o Chile era uma província menor da Espanha.

Com a invasão de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica, a Portugal em 1807 e à Espanha em 1808, as colônias da América Latina aproveitam a dissolução do poder central para proclamar a independência. A Argentina faz isso em 25 de maio de 1810. O México deu o Grito de Dolores em 16 de setembro do mesmo ano.

Dois dias depois, o Chile realiza um cabildo aberto, uma assembleia popular que aceita a renúncia do governador colonial e elege uma junta formada por líderes locais. De 1810 a 1813, eles mantém autonomia em relação ao Vice-Reino do Peru.

Quando a Espanha e Portugal derrotam a França napoleônica com a ajuda do Reino Unido, em 1814, os governos da Península Ibérica são restaurados e a Espanha tenta reassumir o controle sobre suas colônias. No Chile, faz isso ao vencer a Batalha de Rancágua, em 1º e 2 de outubro de 1814.

Diante da derrota, os nacionalistas chilenos como O'Higgins, José Miguel Carranza e irmãos fogem para a Argentina, onde recebem o apoio do general José de San Martín, um dos libertadores da América ao lado do venezuelano Simón Bolívar. 

San Martín apoia o governo revolucionário de Buenos Aires, que proclamara a independência das Províncias Unidas do Rio da Praia, e forma um exército para libertar o Chile e atacar o Peru pelo mar.

O exército de San Martín, tendo O'Higgins como um de seus comandantes, começa a atravessar a Cordilheira dos Andes em janeiro de 1817. Em 12 de fevereiro, derrota as forças imperiais e abre o caminho para Santiago. A independência seria proclamada um ano depois.

ÚLTIMO IMPERADOR DA CHINA

    Em 1912, Puyi, o último imperador da China, abdica no fim da Revolução Chinesa, liderada por Sun Yat-sen. É o fim um império de mais de 2 mil anos e o início da República da China.

Puyi nasce em Beijim em 7 de fevereiro de 1906. É o último imperador da Dinastia Ching (1644-1912), que é manchu. Com a morte do tio, o imperador Guangxi, em 14 de novembro de 1908, ele ascende ao trono e reina três anos sob uma regência.

Quando o Império do Japão invade a Manchúria, em 1931, instala Puyi como um imperador-fantoche do reino de Manchukuo de 1934 a 1945.

INDEPENDÊNCIA DO SUDÃO

    Em 1953, o Egito faz um acordo com o Império Britânico para dar autonomia administrativa ao Sudão e, dentro de três anos, autodeterminação.

De 1955 a 1972, o Sudão vive sob guerra civil entre o Norte, muçulmano, e o Sul, cristão e animista. A guerra civil recomeça em 1983, vai até 2005 e as negociações de paz terminam com a independência do Sudão do Sul, que fica anos sob guerra civil.

Durante uma onda de protestos, em abril de 2019, um golpe depôs o ditador Omar Bachir, mas um golpe contra a democratização em outubro de 2021 aborta o processo e leva a nova guerra civil entre o comandante do Exército, general Abdel Fattah al-Burhan, e o general Mohamed Dagalo, líder das Forças de Apoio Rápido, uma milícia acusada pelo genocídio de Darfur.

SLOBO EM JULGAMENTO

    Em 2002, o Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia começa a julgar em Haia, na Holanda, por 65 acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade o principal responsável pela sangrenta divisão do país, o ditador sérvio Slobodan Milosevic, o Carniceiro dos Bálcãs, como o chamou em 1992 o jornal The New York Times.

Antes do veredito, em 11 de março de 2006, o réu é encontrado morto em sua cela aos 64 anos, supostamente por causa de um ataque cardíaco.

A Iugoslávia nasce em 1º de dezembro de 1918, logo depois do fim da Primeira Guerra Mundial (1914-18), como o Reino dos Croatas, Sérvios e Eslovenos, rebatizado em 1929 como Reino da Iugoslávia.. 

Ocupada pela Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial (1939-45), quando é governada por um regime colaboracionista croata, a Iugoslávia renasce sob a liderança do líder da resistência, o croata Josip Broz Tito, como uma federação formada por Bósnia-Herzegovina, Croácia, Eslovênia, Macedônia, Montenegro e Sérvia.

Com a morte de Tito, em 1980, e o declínio do comunismo como ideologia, Milosevic, um líder comunista, apela para o nacionalismo sérvio para consolidar o poder. Em 1991, a Croácia e a Eslovênia declaram a independência. O governo central, dominado pelos sérvios, não aceita. Começa a guerra civil.

Em 6 de abril de 1992, a guerra civil chega à Bósnia-Herzegovina, uma república etnicamente dividida entre bósnios (44%), sérvios (31%) e croatas (16%), onde a guerra é mais sangrenta, com mais de 100 mil mortes. Estas guerras terminam em 1995 com o Acordo de Paz de Dayton, negociado pelos Estados Unidos.

Depois da perseguição e de massacres contra albaneses da província sérvia do Kossovo, em 24 de março de 1999, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar ocidental liderada pelos EUA, intervém militarmente e bombardeia a Sérvia, Montenegro e as forças sérvias no Kossovo.

Os sérvios se revoltam contra Milosevic, que rejeita a vitória de Vojislav Kostunica na eleição presidencial de 24 de setembro de 2000. Uma grande manifestação de massa em Belgrado sela seu destino em 5 de outubro. No dia seguinte, ele reconhece a derrota e deixa o poder em 7 de outubro.

Milosevic é preso em 1º de abril de 2001, sob acusações de abuso de poder e de corrupção. Em 28 de junho, é entregue a forças dos EUA em Tuzla, na Bósnia-Herzegovina, e de lá enviado para o tribunal de Haia.

MACEDÔNIA DO NORTE

    Em 2019, com base no Acordo de Prespa, a ex-república iugoslava da Macedônia muda de nome para República da Macedônia do Norte.

A mudança de nome é uma exigência da Grécia, que bloqueava o acesso da Macedônia à União Europeia e outras organizações internacionais porque tem uma região chamada Macedônia e temia que o novo país reivindicasse soberania sobre a parte grega.

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