sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

EUA impõe sanções a colonos israelenses na Cisjordânia

Numa medida sem precedentes, o presidente Joe Biden impõs sanções a quatro colonos israelenses acusados de violência contra palestinos na Cisjordânia ocupada. A decisão tenta melhorar a imagem do presidente dos Estados Unidos diante de setores do eleitorado importantes para sua reeleição em 5 de novembro.

O direito internacional proíbe a guerra de conquista e a colonização de territórios ocupados. Há hoje cerca de 700 mil colonos israelenses na Cisjordânia, com amplo apoio do governo Benjamin Netanyahu. O primeiro-ministro de Israel considerou a medida desnecessárias sob o argumento de que os quatro estão sendo processados em Israel e que a maioria dos colonos cumprei a lei.

As colônias ilegais são uma questão central das negociações de paz entre israelenses e palestinos, ao lado da criação do Estado palestino, da segurança de Israel, do status de Jerusalém e do direito de retorno dos palestinos expulsos de suas terras desde a Guerra de Independência de Israel, em 1948.

O primeiro-ministro do Catar anunciou que o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), grupo responsável pelo ataque terrorista de 7 de outubro a Israel, aceitou em princípio a proposta de trégua para troca de reféns israelenses em poder dos terroristas por prisioneiros palestinos e o aumento da ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

Diante da ameaça de retaliação pela morte de três soldados norte-americanos num bombardeio de uma milícia apoiada pelo Irã, o presidente Ebrahim Raïsi afirmou que o Irã não quer a guerra, mas dará uma "resposta forte" a qualquer ataque. A Guarda Revolucionária Iraniana retirou seus altos comandantes da Síria.

Além de pressionar a milícia responsável a declarar uma trégua, o Irã reduziu o enriquecimento de urânio, reportou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). As duas medidas ajudam a aliviar a tensão com os EUA, mas não devem evitar a retaliação.


A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristlina Giorgieva, alertou que a guerra ameaça a economia mundial.

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