sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Hoje na História do Mundo: 16 de Fevereiro

TUMBA DO FARAÓ MENINO

    Em 1923, o arqueólogo britânico Howard Carter tira o lacre no Vale dos Reis da câmara mortuária de Tutancâmon, o faraó menino, que governa o Egito de 1333-23 antes de Cristo e morre aos 19 anos.

Durante seu reinado, Tutancâmon restaura a arte e a religião tradicionais do Egito Antigo, marginalizadas por seu antecessor, Akhenaton, que coloca o deus Aton. Mas Tutancâmon é conhecido pela preservação de sua tumba, que não é saqueada. Sua descoberta é uma grande contribuição à egiptologia.

PRIMEIRA KNESSET

    Em 1949, a Knesset (Assembleia, em hebraico), o parlamento unicameral de Israel, eleito em 25 de janeiro, realiza sua primeira sessão, em Jerusalém.

Israel não tem Constituição. A Knesset ratifica a Lei de Transição. Depois, aprova leis básicas sobre a própria Knesset (1958), sobre as terras de Israel (1960), sobre o presidente (1964), eleito indiretamente pelo parlamento para um mandato de cinco anos podendo ser reeleito uma vez, e sobre o governo (1968).

Antes do início da guerra contra o grupo terrorista Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tentou aprovar uma reforma judiciária para dar à Knesset o direito de anular decisões da Suprema Corte. Quer se livrar de três processos por corrupção que podem levá-lo para a cadeia. A Suprema Corte derruba a reforma em 1º de janeiro de 2024.

PRIMEIRO-MINISTRO FIDEL CASTRO

    Em 1959, um mês e meio depois da fuga do ditador Fulgencio Batista e da vitória da Revolução Cubana, o comandante Fidel Castro toma posse como primeiro-ministro, se torna presidente em 1976 e fica no poder até 2006 em Havana, quando sofre uma hemorragia intestinal.

Fidel Alejandro Castro Ruz nasce em 13 de agosto de 1926. Filho de um fazendeiro, vira um esquerdista e anti-imperialista quando estuda direito na Universidade de Havana. Depois de participar de rebeliões contra governos de direita na Colômbia e na República, Fidel lança sua revolução no assalto ao Quartel de Moncada, em Santiago de Cuba, em 26 de julho de 1953.

No julgamento, Fidel diz talvez sua frase mais célebre: "A história me absolverá." Preso durante um ano, ele sai e vai para o México onde forma o Movimento 26 de Julho com o irmão Raúl Castro e o médico e revolucionário argentino Ernesto Che Guevara.

Em 1956, um grupo de 82 guerrilheiros sai do México no navio Granma para desembarcar na Praya das Coloradas. Depois de fortes perdas nos primeiros combates, 21 guerrilheiros conseguem se refugiar na Sierra Maestra. Em fevereiro de 1958, já são 400 homens acantonados nas montanhas.

As forças do ditador Fulgencio Batista têm 50 mil, mas o governo cubano só consegue mobilizar 10 mil homens e lança uma ofensiva aérea e terrestre contra os guerrilheiros de abril a agosto de 1958. O fracasso desta ação militar é decisivo para a vitória da Revolução Cubana em 1º de janeiro de 1959.

No poder, sob pressão dos Estados Unidos, Fidel adota um regime socialista autoritário de caráter stalinista e se alia à União Soviética durante a Guerra Fria. Depois da fracassada tentativa de invasão da Baía dos Porcos, em abril de 1961, Cuba se aproxima ainda mais de Moscou. Isto leva à tentativa de instalar mísseis nucleares soviéticos na ilha, causa da Crise dos Mísseis, em outubro de 1962, no momento mais tenso da Guerra Fria. Nunca o mundo esteve tão perto de uma guerra nuclear. 

Ao transferir oficialmente por motivos de saúde os cargos de presidente e primeiro-ministro de Cuba ao irmão Raúl Castro, em 2008, 49 anos depois da posse, Fidel comenta que não pode se apegar a cargos. Ele morre aos 90 anos em 25 de novembro de 2016, em Havana.

PROTOCOLO DE QUIOTO

    Em 2005, entra em vigor o Protocolo de Quioto, um documento adicional à Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima para combater o aquecimento global diminuindo as emissões de 41 países desenvolvidos e da União Europeia. O objetivo é reduzir as emissões de seis gases que agravam o efeito estufa em 5,2% em relação a 1990. 

O acordo é fechado em Quioto, o antiga capital imperial do Japão, em 11 de dezembro de 1997. Um dos grandes negociadores é o então vice-presidente Al Gore, mas o Senado dos Estados Unidos, na época o maior poluidor mundial (hoje é a China), não ratifica o Protocolo de Quioto sob o argumento de que daria uma vantagem competitiva a países em desenvolvimento, não submetidos à mesma regra, no caso, a China.

O Protocolo de Quioto caduca em 2012. Para substituí-lo, as Conferências da ONU sobre Mudança do Clima aprovam o Acordo de Paris, em 2015. É o primeiro acordo em que todos os países se comprometem a estabelecer metas voluntárias de redução de emissões. O grande problema é que não existe nenhuma penalidade pelo não cumprimento das metas.

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