terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Hoje na História do Mundo: 27 de Fevereiro

 TERÇA-FEIRA GORDA

    Em 1827, um grupo de estudantes fantasiados e mascarados dança e desfila pelas ruas de Nova Orleans, na Louisiana na primeira celebração da Mardi Gras (Terça-Feira Gorda) nos Estados Unidos.

O Carnaval, a festa da carne que antecede à Quaresma, é uma tradição pagã incorporada pelo cristianismo ocidental que se propagou de Roma para a Europa e o resto do mundo.

INCÊNDIO DO REICHSTAG

    Em 1933, os nazistas tocam fogo no Parlamento da Alemanha (Reichstag), acusam os comunistas e o chanceler (primeiro-ministro) Adolf Hitler pede poderes especiais. É o grande golpe da ascensão do nazismo.

O Partido Nacional-Socialista Trabalhista Alemão (Nazista) é o mais voado em duas eleições em 1932, no auge da Grande Depressão, quando o desemprego na Alemanha chega a 30%. Conquista 37% dos votos em 31 de julho e 33% em 6 de novembro.

Hitler é nomeado primeiro-ministro em 30 de janeiro de 1933. Quatro semanas depois, o Reichstag pega fogo. Os nazistas pressionam o presidente Paul Hindenberg, que baixa o Decrato do Incêndio do Reichstag, que suspende o direito de reunião, a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa e outras proteções constitucionais. Elimina todas as restrições a investigações policiais. Permite ao regime e encarcerar oposicionistas sem acusação formal. dissolver partidos políticos e confiscar propriedade privada.

Este decreto, que fica em vigor até a derrota da Alemanh Nazista, em 8 de maio de 1945, abre o caminho para a ditadura de Adolf Hitler, sacramentada no referendo de 19 de agosto de 1934, depois da morte do presidente Hindenburg, quando ele acumula os títulos e funções de chefe de Estado e chefe de governo e se torna o Führer. Sob intimidação, quase 90% votaram para dar poderes absolutos a Hitler.

ATOLEIRO DO VIETNÃ

    Em 1968, durante o telejornal em horário nobre, o jornalista Walter Cronkite, considerado "o homem mais confiável dos Estados Unidos", abandona o tom imparcial em que apresenta as notícias para prever que a Guerra do Vietnã deve se prolongar com um impasse no campo de batalha. Seu comentário de que é uma luta invencível é decisivo na virada da opinião pública norte-americana contra a guerra.

Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45), com a descolonização da África e da Ásia por movimentos de libertação nacional, os EUA, superpotência dominante do mundo capitalista, herdam como zonas de influência econômica os antigos Impérios Britânico e Francês.

O Vietnã, declara independência quando o Império do Japão, que o ocupa durante a guerra, se rende, em 2 de setembro de 1945. A França, potência colonial da Indochina Francesa, resiste. Começa a Guerra da Indochina (1946-54), que termina com a derrota da França para os guerrilheiros comunistas do Viet Minh, sob a liderança de Ho Chi Minh, na Batalha de Dien Bien Phu, em 7 de maio de 1954.

Nas negociações de paz, em Genebra, na Suíça, o país é dividido em Vietnã do Norte, comunista, e Vietnã do Sul, capitalista, apoiado pelo Ocidente na Guerra Fria. Para reunificar o país, são previstas eleições em 1955. Diante da expectativa de vitória de Ho Chi Minh, os EUA suspendem as eleições.

Em 1º de novembro de 1955, começa a Guerra do Vietnã ou Guerra da Resistência Antiamericana, como é chamada lá. Os EUA inicialmente mandam assessores militares. No fim do governo John Kennedy (1961-63), há 2.800 assessores militares norte-americanos no Vietnã e alguns entram em combate.

O governo Lyndon Johnson forja o Incidente do Golfo de Tonkin para pôr os EUA na guerra. Em 2 de agosto de 1964, dois contratorpedeiros norte-americanos que estão no golfo enviam mensagem de rádio dizendo que foram atacados por forças do Vietnã do Norte. Johnson aproveita a história mentirosa para pedir autorização do Congresso para ir à guerra.

Os EUA não perderam a Guerra do Vietnã no campo de batalha. Perderam a batalha política na frente interna. A Ofensiva do Tet, no Ano Novo Lunar, a partir de 30 de janeiro de 1968, é um momento decisivo na guerra. É um ataque em três fases do Exército Popular do Vietnã do Norte e dos guerrilheiros do Vietcong contra as forças dos EUA e do Vietnã do Sul. Vai até 23 de setembro e revela a capacidade dos norte-vietnamitas e vietcongues de fazer ataques profundos no Vietnã do Sul.

Cronkite fala sob o impacto da Ofensiva do Tet.

FIM DA TEMPESTADE DO DESERTO

    Em 1991, o presidente George Herbert Walker Bush anuncia vitória na Guerra do Golfo e um cessar-fogo definitivo à meia noite pela hora de Washington, manhã do dia seguinte no Iraque e no Kuwait, onde a guerra é travada.


O ditador Saddam Hussein tem amplo apoio, dos Estados Unidos, da União Soviética e dos países árabes, na Guerra Irã-Iraque (1980-88) contra a Revolução Islâmica liderada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, mas não consegue vencer e sai da guerra com graves prejuízos econômicos.

Saddam então chantageia a Arábia Saudita e o Kuwait, acusando-os de roubar petróleo de campos de petróleo em comum. Sem sucesso, em 2 de agosto de 1990, o Iraque invade o Kuwait. Saddam declara que o Kuwait é a 19ª província do Iraque.

Por medo de que o ditador iraquiano vá em frente e tome a Arábia Saudita, o que lhe daria 40% das reservas mundiais de petróleo, o presidente Bush manda soldados dos EUA para proteger a Arábia Saudita, na Operação Escudo no Deserto. Ao mesmo tempo, exige a retirada incondicional dos iraquianos e a restauração do governo do Kuwait.

Os EUA formar uma ampla aliança de mais de 30 países e nove resoluções no Conselho de Segurança das Nações Unidas. A última autoriza o uso da força. É a primeira vez depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45) que um país soberano invade outro e declara que o vizinho menor não tem o direito de existir.

Como Saddam não recua, os EUA vão à guerra em 17 de janeiro de 1991, na Operação Tempestade no Deserto. A guerra começa um intenso bombardeio aéreo, inclusive com as chamadas bombas inteligentes. São mais de 100 mil ataques com 88.500 toneladas de bombas.

 A invasão terrestre começa em 24 de fevereiro. Em 100 horas, 41 divisões do Exército do Iraque são aniquiladas e o resto se rende ou foge, tocando fogo nos campos de petróleo do kuwaitiano, usando uma arma ambiental na retirada. 

O comandante militar norte-americano, general Norman Schwarzkopf, quer marchar até Bagdá e depor Saddam Hussein, mas o presidente da França, François Mitterrand, é contra porque não está no mandato conferido pelo Conselho de Segurança da ONU. A guerra é para expulsar os iraquianos e restaurar o governo do Kuwait. Bush opta por não romper a coalizão e anuncia o fim da guerra.

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