sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Ampliação do BRICS reflete aumento do poder da China

 A 15ª reunião de cúpula do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) terminou ontem em Joanesburgo, na África do Sul, com o anúncio da entrada de seis países a partir do próximo ano: Argentina, Egito, Etiópia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Irã.

O Brasil, a Índia e a África do Sul resistiram inicialmente porque a expansão dilui sua força dentro do grupo, criado a partir de um memorando de 2001 de um analista do banco de investimentos Goldman Sachs prevendo que Brasil, Rússia, Índia e China, as grandes economias emergentes, seriam os principais motores do crescimento mundial no início do século 20. O BRICS nasceu de uma ideia da Wall Street, o centro financeiro de Nova York, e não no Sul Global.

No centro da expansão, está a determinação da China e da Rússia de desafiar a ordem internacional dominada pelos Estados Unidos e a Europa nos últimos 500 anos. São duas ditaduras. Dos novos membros, só a Argentina é uma democracia. O projeto é da esquerda peronista, que deve perder a eleição presidencial de outubro e novembro deste ano. Os candidatos favoritos, Javier Milei e Patricia Bullrich, são contra.

Entre as propostas citadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estão a reforma do Conselho de Segurança das Nações e a criação de uma moeda contábil para desdolarizar as transações comerciais dos países-membros. Ambas têm pouca chance de acontecer, pelo menos em curto e médio prazos. Meu comentário:

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