ERUPÇÃO DO VESÚVIO
No ano 79 da era cristã, o vulcão Vesúvio entra em erupção no que hoje é o Sul da Itália, na época parte do Império Romano, e arrasa as cidades de Herculano e Pompeia, matando milhares de pessoas.
Em 17 minutos, o Vesúvio mata toda a população de Pompeia. As duas cidades são cobertas por uma grossa camada de lava e poeira vulcânica e não são reconstruídas. Ficam praticamente esquecidas até serem redescobertas no século 18.O Vesúvio é o único vulcão ativo da Europa. A última grande erupção foi em 1631 e a mais recente em 1944. Cerca de 700 mil pessoas vivem em áreas próximas, que seriam atingidas numa grande erupção.
VISIGODOS SAQUEIAM ROMA
Em 410, Alarico I, rei dos visigodos, é o primeiro líder germânico a tomar Roma, num dos marcos da queda do Império Romano do Ocidente. Depois de três dias de saques, os visigodos deixam a cidade e rumam para o Sul da Itália levando como refém Galla Placidia, irmã do imperador Honório.
O imperador Teodósio II, do Império Romano do Oriente, decreta três dias de luto em Constantinopla. São Jerônimo, que vive em Belém, comenta: "A cidade que conquistou o mundo inteiro foi conquistada."
Alguns romanos atribuíram o saque à ira dos deuses pagãos tradicionais, abandonados desde que o imperador Constantino acabou com a perseguição aos cristãos, em 313, e o imperador Teodósio I adota o cristianismo como religião oficial do império, em 380.
Os ataques ao cristianismo levam Santo Agostinho a escrever o livro A Cidade de Deus, uma das obras fundamentais do catolicismo.
Um saque ainda mais violento de Roma é feito pelos vândalos, em 455. O Império Romano do Ocidente acaba em 4 de setembro de 476, quando Flávio Odoacro, filho de um príncipe da corte de Átila, o reino dos hunos, depõe o imperador Rômulo Augústulo e se torna o primeiro rei da Itália.
MASSACRE DA NOITE DE SÃO BARTOLOMEU
Em 1572, sob pressão da rainha-mãe, Catarina de Medici, o rei Carlos IX da França manda matar os líderes dos protestantes huguenotes em Paris, deflagrando o massacre de dezenas de milhares de huguenotes na noite do Dia de São Bartolomeu.
Com o beneplácito da coroa, hordas de católicos sedentos de sangue atacam os huguenotes, primeiro em Paris, depois por toda a França. O rei baixa um decreto no dia 25, mas a matança continua até outubro.
Pelo menos 3 mil huguenotes são mortos em Paris e 70 mil em toda a França.
WASHINGTON EM CHAMAS
Em 1814, durante a Guerra Anglo-Americana de 1812, os britânicos tomam a capital dos Estados Unidos e incendeiam vários prédios públicos, inclusive o Capitólio e a sede do governo, que ainda não se chamava Casa Branca.
Em resposta ao Bloqueio Continental imposto por Napoleão Bonaparte ao comércio com o Reino Unido, este país, que domina o Oceano Atlântico desde a vitória do almirante Horace Nelson na Batalha de Trafalgar (1805), impede o comércio transatlântico com a França e afunda ou apreende os navios norte-americanos.
Na expectativa de conquistar o Canadá, o presidente James Madison declara guerra ao Reino Unido, aprovada pelo Congresso em 17 de junho de 1812. A guerra começa no dia seguinte. A invasão ao Canadá é repelida.
Depois da derrota e abdicação de Napoleão em Fontainebleau, em 11 de abril de 1814, o Reino Unido decide lançar uma operação punitiva contra a ex-colônia, sob o comando do general Robert Ross e do almirante George Cochrane.
Uma esquadra de 17 navios leva 4 mil soldados experientes nas guerras da Europa. Eles desembarcam em Benedict, no estado de Maryland, em 19 de agosto de 1814. Sem grande resistência, tomam e incendeiam Washington. A letra do Hino dos EUA é um poema de exaltação à resistência da "terra dos livres e lar dos bravos".
Os britânicos se retiram depois de 26 horas. Menos de quatro dias mais tarde, uma tempestade e um tornado apagam as chamas e causam uma destruição ainda maior. A paz é assinada em Gand, na Bélgica, em 24 de dezembro de 1814, mas os combates só terminam em 24 de maio de 1815 porque alguns generais britânicos não sabem do acordo.
ESPANHA RECONHECE INDEPENDÊNCIA DO MÉXICO
Em 1821, onze anos depois do início da guerra da independência, o vice-rei espanhol Juan O’Donojú assina o Tratado de Córdoba, um plano para transformar o México numa monarquia constitucional.
Em 16 de setembro de 1810, o padre Miguel Hidalgo y Costilla dá o Grito de Dolores, proclamando a independência do que até então era a Nova Espanha, com propostas de redistribuição da terra e igualdade racial. Ele é derrotado, capturado e executado, mas a semente da revolta está plantada.
Outros líderes camponeses, José María Morelos y Pavón, Mariano Matamoros e Vicente Guerrero comandam exércitos rebeldes. Por ironia da história, a vitória cabe aos monarquistas, mexicanos conservadores de origem espanhola.
Na falta de uma família real, em 1822, Agustín de Iturbide, o comandante militar rebelde, é proclamado imperador do México. Seu reino é curto. Em 1823, Guadalupe Victoria e Antonio López de Santa Ana o depõe e proclamam a república. Santa Ana perde mais de 40% do território mexicano para os EUA.
SUICÍDIO DE VARGAS
Em 1954, o presidente Getúlio Dornelles Vargas se mata com um tiro no peito no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, sob forte pressão da oposição e dos militares desde o atentado da Rua Tonelero contra o deputado Carlos Lacerda, líder da oposição, em 5 de agosto, quando morre o major-aviador Rubens Vaz.
Getúlio Dornelles Vargas nasce em São Borja, no Rio Grande do Sul, em 19 de abril de 1882, e inicia a carreira política como herdeiro de Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros. É eleito deputado estadual em 1909 pelo Partido Republicano Rio-Grandense, deputado federal em 1923 e presidente (assim se chama na época) do Rio Grande do Sul em 1927. Antes, é ministro da Fazenda do presidente Washington Luiz (1926-30) durante um ano.
Em 1930, Vargas disputa a Presidência do Brasil com o paulista Júlio Prestes, candidato da oligarquia café com leite (São Paulo e Minas Gerais), que domina a política na República Velha (1889-1930), e perde. Mas o assassinato de seu candidato a vice-presidente, o governador da Paraíba João Pessoa, um crime passional e não político, em 26 de julho de 1930, leva, em 3 de outubro, à Revolução de 30 e ele assume a Presidência um mês depois.
São Paulo não aceita a nomeação de um interventor e se rebela. A Revolução Constitucionalista de 1932 não consegue derrubá-lo, mas Getúlio convoca uma Assembleia Constituinte. A Constituição de 1934 introduz o voto feminino e tem vida curta. Em 10 de novembro de 1937, um golpe palaciano cria o Estado Novo, uma ditadura que vai até 29 de outubro de 1945, quando Vargas é deposto sobre pressão dos Estados Unidos.
Getúlio volta eleito pelo povo em 1951 e governa até a morte sob pressão das oligarquias dos militares. Durante seus governos, além do voto feminino, consolida as leis do trabalho, cria a Companhia Siderúrgica Nacional, a Petrobrás e a Eletrobrás.
Na carta-testamento, Vargas acusa forças ocultas de bloquear o desenvolvimento do Brasil. O suicídio adia por dez anos o golpe militar, que viria em 31 de março de 1964. Ele deixa como principais herdeiros políticos o presidente João Goulart (1961-64) e o governador Leonel Brizola.
PLUTÃO VIRA ANÃO
Em 2006, a União Astronômica Internacional decide rebaixar Plutão, até então considerado o nono planeta do sistema solar, para planeta anão.
Com a descoberta de vários corpos celestes semelhantes a partir de 1992, sua classificação como planeta passou a ser questionada, especialmente depois da identificação, em 2005, de Éris, outro planeta anão, que tem massa 27% maior.
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